Policia

PC acredita que ossos encontrados são de animal, e não de mototaxista

IPATINGA – O Instituto Médico Legal de Ipatinga (IML) previu que existem 99% de chances de que dois ossos encontrados no último fim de semana, na Estrada das Lavadeiras, sejam de animal. O material foi encaminhado ao Instituto de Criminalística em Belo Horizonte para análise mais minuciosa. A informação foi confirmada pelo delegado regional de Ipatinga Helton Cota. “Muito provavelmente, o que foi encontrado é osso de animal. Pelo tempo, o osso humano já teria se deteriorado. Mas iremos encaminhar as amostras para termos 100% de certeza”, esclareceu o delegado regional.

Os ossos foram encontrados próximos à motocicleta da mototaxista Adriana Terume Onaka Debelli, 19 anos, desaparecida há mais de 11 anos. No último sábado, o material genético e o veículo foram localizados em uma área de preservação ambiental que fica às margens da Estrada das Lavadeiras – que liga o bairro Bom Jardim à BR-381. Dois jovens passavam pelo local, quando um deles passou mal e resolveu entrar para o meio do mato, momento em que viu o painel da moto que estava enterrada.

POUCO PROVÁVEL
Para a Polícia Civil, é pouco provável que ainda sejam encontrados os restos mortais de Adriana. Na última segunda-feira (29), o delegado responsável pelo inquérito, Geraldo Magela, já havia sinalizado que os ossinhos poderiam ser de algum animal.

“Se Adriana tiver sido desovada próximo da área onde a moto foi encontrada, há ainda chances de animais terem carregado as partes para outras áreas, o que dificulta ainda mais a localização de restos mortais que possam ser da vítima. Além disso, a ação do tempo deteriora os ossos”, disse.

SEM CRIME
Onze anos se passaram desde o desaparecimento de Adriana. Em 2011 a polícia concluiu o inquérito sem uma definição para o crime. Antes disso, misteriosamente o processo havia desaparecido do Fórum de Ipatinga e as investigações voltaram à estaca zero. À época a Polícia Civil refez algumas linhas de investigação, reinquiriu algumas testemunhas e familiares. Um dos suspeitos seria o namorado de Adriana, mas a evidência não avançou.

Cinco anos depois da conclusão do caso, a motocicleta de Adriana aparece, e com ela a esperança de que a Polícia Civil reabra o caso e consiga novos depoimentos. De acordo com o delegado Geraldo Magela, o inquérito será repassado ao delegado de homicídios, Eduardo Vinícius Carvalho, que se encontra de férias. Informações que possam ajudar a polícia podem ser fornecidas anonimamente pelo Disque-denúncia 181.

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