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Papa Francisco chega ao Brasil e defende a inclusão dos jovens

(Crédito: Tomaz Silva/ABr)

RIO – O papa Francisco percorreu ontem as ruas do centro da capital fluminense. Ele recebeu o aceno de milhares de pessoas que se concentram nas calçadas. O desfile do papa começou na Catedral Metropolitana, onde ele embarcou no papamóvel, depois de ter percorrido de carro fechado o trajeto da Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, até o centro do Rio.

Francisco chegou à capital fluminense pouco antes das 16h, desembarcando na Base Aérea do Galeão, onde foi recebido pela presidenta Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer, o governador Sérgio Cabral Filho, o prefeito Eduardo Paes e outras autoridades, além do arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta, do cardeal dom Raymundo Damasceno, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do presidente do Pontifício Conselho para Leigos, cardeal Stanislaw Rylko. Esta é a primeira visita oficial do sumo pontífice ao Brasil desde que foi eleito, em março passado. Cerca de 400 homens da Polícia Militar e dois helicópteros fazem a escolta do papa.

CONCEITO
Uma viagem para ir ao encontro dos jovens, que não devem ser isolados, mas ajudados a enfrentar as dificuldades de cada dia como, por exemplo, a falta de trabalho. Este foi um dos conceitos expressos pelo papa Francisco aos cerca de 70 jornalistas que viajaram com ele ao Rio de Janeiro, em um avião da Alitalia, para a Jornada Mundial da Juventude. O evento começa hoje (23) e vai até domingo (28).

Segundo o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, Francisco destacou a necessidade de resgatar a dignidade dos jovens e disse que o isolamento deles é uma injustiça.

“Os jovens pertencem a uma família, a uma pátria, a uma cultura, a uma fé. Eles têm uma riqueza que constitui o futuro de um povo. O futuro é também dos idosos, pois eles são os depositários da sabedoria da vida, da história, da pátria e da família. Um povo tem futuro se caminha com a força dos jovens e dos idosos”, ressaltou o papa.

INCLUSÃO E INDIFERENÇA
Em seguida, Francisco fez uma reflexão sobre a crise econômica mundial e o fato de os jovens não encontrarem trabalho. “Corremos o risco de ter uma geração que não teve trabalho. É do trabalho que vem a dignidade da pessoa, do ganha-pão cotidiano.”

O santo padre falou também sobre a cultura da indiferença, que se reflete no isolamento dos idosos, e destacou a necessidade de promover a cultura da inclusão e do encontro. O pontífice pediu a ajuda dos jornalistas e que eles trabalhem para o bem da sociedade, dos jovens e dos idosos.

COVA DOS LEÕES
Padre Lombardi apresentou ao papa Francisco os jornalistas de vários países presentes no avião papal. A correspondente da rede televisisão mexicana, Valentina Alazraki, saudou o pontífice em nome de todos os jornalistas. Ela deu de presente ao papa uma pequena imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina.

Em sua saudação, Valentina citou a passagem bíblica de Daniel na cova dos leões, referindo-se aos jornalistas que, muitas vezes, são retratados como tais e que o papa, que não gosta de dar entrevistas, estava na cova dos leões. Brincando, o papa respondeu que os leões não eram tão ruins assim e confessou não dar entrevistas porque é cansativo.

Entre os jornalistas que viajam com o papa, há dez brasileiros, dez norte-americanos, nove franceses, seis espanhóis, além de ingleses, mexicanos, alemães, japoneses, argentinos, poloneses, portugueses e russos.

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