sábado, outubro 5, 2024
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Os Trem apresenta I Fórum de Geopoéticas da Bacia do Rio Doce

IPATINGA – “Os Trem: I Fórum de Geopoéticas da Bacia do Rio Doce” é um evento acadêmico-cultural que tem o objetivo de refletir, debater e expor o conjunto de poéticas (poiesis) produzidas na Bacia do Vale do Rio Doce e que, consequentemente, dão forma à região. “Pensamos, sobretudo, na indissociabilidade entre a geografia e as poéticas minerais, culturais, tradicionais, literárias, mitológicas, históricas, audiovisuais, musicais e teatrais constituintes do espaço”, diz a idealizadora do Fórum, professora Dra. Ana Luiza D.B. Drummond. O evento é organizado pela professora Dra. Cristiane Navais Alves e o Me. Nilmar Lage. Compõe o comitê científico a professora Dra. Angélica Barroso Bastos e os professores Me. Rodrigo Cristiano e Dr. Henrique Sobral.

Conforme Ana Luiza Drummond, “o termo ‘Os Trem’ busca fazer eco àquele ‘irrevelável segredo/ chamado Minas’ que ‘só mineiros sabem. E não dizem/nem a si mesmos’ (Drummond, “A palavra Minas”, em As impurezas do branco), trazendo para a cena, com a articulada circunspecção de quem sabe das estradas pedregosas sobre as quais palmilha, a “presença ausente, carregada de promessas e frustrações” de uma Minas Gerais que, para nós, é muito mais do que um retrato na parede. É nosso chão, nossas tragédias, nossa fatalidade, nossa cumplicidade, nossos silêncios, nossas viagens em família, nossas serras, nossos rios, nossos abismos: os trem de Minas. Desse jeitinho mesmo, com o plural apenas no artigo que garante a resistência da presença bantu nesta língua-minas que tanto nos caracteriza”, poetiza.

“É nesse contexto que ‘Os Trem: I Fórum de Geopoéticas da Bacia do Rio Doce’ procura se firmar como um evento acadêmico-cultural de abrangência nacional capaz de fundar um espaço no qual seja possível pensarmos e discutirmos acerca das diversidades geopoéticas da Bacia do Rio Doce. Nesse sentido, cientes da impossibilidade de negarmos o ‘destino mineral’ (Wisnik, 2018) inerente a esta geografia, torna-se urgente, contudo, a fundamentação de um local acadêmico-cultural capaz de refletir sobre os impactos da terra, do minério e da mineração na construção das poéticas da Bacia do Rio Doce”, escreve Ana Luiza Drummond.

SERVIÇO

Os interessados podem se inscrever através do link:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdALF4_3CzXQvIWLI2JwCFuaTgReZw91jnuU3UJw9GsyGMIGA/viewform

Mais informações no Instagram:

https://www.instagram.com/ostremgeopoeticas

INFORMAÇÕES GERAIS:

DATA: 07 a 09 de outubro de 2024

LOCAL DE REALIZAÇÃO: IFMG campus IPATINGA

MODALIDADE: Presencial

PROGRAMAÇÃO

• DIA 07/10/24 (segunda-feira)

Local: IFMG IPATINGA

14h ABERTURA – Ma. Cristiane Navais Alves (Associação Uma Aldeia Inteira)

14h15 LANÇAMENTO DE “OS TREM: REPOSITÓRIO DE GEOPOÉTICAS DA BACIA DO RIO DOCE”

14H30 RODA DE CONVERSA: MAQUINAÇÃO DO MUNDO E MINERALIZAÇÃO DA VIDA

Dra. Ana Luíza Duarte de Drummond (IFMG-SJE)

Isabella Drummond (Movimento pela Soberania Popular na Mineração)

Mediação: Dr. Henrique Sobral (Centro Universitário UniÚnica) e Dra. Dayhane Alves Escobar Ribeiro Paes (IFMG-Ipatinga)

• DIA 08/10/24 (TERÇA-FEIRA)

tarde

Local: IFMG IPATINGA

14h CINEMA COMENTADO: exibição do documentário Silêncio 63 (2011)

Grêmio Estudantil Darcy Ribeiro (IFMG-Ipatinga) convida:

Edinho Ferramenta

SILÊNCIO 63

Direção: Fábio Nascimento

Quase 50 anos após o violento embate entre operários grevistas de uma siderúrgica mineira em Ipatinga e militares, Silêncio 63 aponta a câmera para os ‘nós’ formados nesta cidade calada. Uma cidade que testemunhou, em primeira mão, o ensaio geral do que veio a ser Golpe Militar de 1964 e que sufocaria o país por 21 anos. É o silêncio que nos conta esta história. A cidade de Ipatinga, no Vale do Aço mineiro, preenche as lacunas do calado, do reprimido e do omitido com um silêncio passivo. O trágico incidente ficou conhecido como Massacre de Ipatinga. Fábio Nascimento procura o silêncio em que sua geração foi criada e mantida e com o qual ele próprio teve de lidar na adolescência, quando pela primeira vez ouviu, entre amigos da escola, boatos sobre o tal massacre. Na escola não se fala. Em casa não se fala. No cinema muito menos. Em posse de uma única fotografia, ele decidiu, então, reparar. E perguntar..

noite

Local: Teatro João Paulo II (Unileste, Cel. Fabriciano)

19h CINEMA COMENTADO: exibição dos filmes Senta a Pua (2014) e Identidade (2024) seguida de conversa com os diretores:

Me. Nilmar Lage

Naga

Mediação: Dra. Ana Luíza D. B. Drummond (IFMG-SJE)

Senta a Pua

Direção e roteiro: Nilmar Lage | Gênero: Média-metragem | Duração: 42 minutos

Em 7 de Outubro de 1963, trabalhadores da Usiminas (hoje em Ipatinga/MG), descontentes com a vigilância e condições de moradia oferecidas pela empresa, fizeram uma paralização e logo depois entraram em confronto com a PM. Por volta das sete da manhã, milhares de operários, 19 policiais e um fuzil FMZB em cima de um caminhão Opel, estavam na portaria da empresa quando teria vindo a ordem: Senta a Pua! O número de mortos e feridos é incerto. Essa manhã de Outubro ficou durante muitos anos no ostracismo da memória ipatinguense, propositalmente. Em Senta a Pua, a intenção foi trazer alguns novos personagens a público para contarem sua versão. Tenente Xavier era comandante da cavalaria, José Francisco era primeiro sargento, Dinah foi a primeira enfermeira da Usiminas, Cley era o motorista do caminhão, Helena era apenas uma criança, e Adil ainda tenta esquecer o que foi convidado a lembrar nesse trabalho. A Usiminas não quis se pronunciar.

Identidade

Direção e roteiro: Naga | Gênero: Média-metragem | Duração: Aproximadamente 30 minutos

Sinopse: Em uma cidade industrial, o filme revela o cotidiano de um operário metalúrgico do Vale do Aço a partir de um poema de Ederaldo Gentil, abordando assuntos pertinentes como: direitos trabalhistas, doenças psicológicas e aposentadoria. Dividido em 4 atos, o média-metragem se passa em décadas diferentes, de 1980 até os dias atuais. Um filme cheio de representatividade para os habitantes desta e outras cidades industriais.

• DIA 09/10/24 (QUARTA-FEIRA)

Local: IFMG campus Ipatinga

14H RODA DE CONVERSA

Minas Mundo: Tem gente que chega pra ficar/ Tem gente que vai pra nunca mais

Dr. Romerito Valeriano da Silva (CEFET-MG, campus Timóteo)

Dra. Danúbia Costa Teixeira (Uniconhecimento)

Me. Débora Rith Costa Teixeira (Uniconhecimento).

Mediação: Dra. Ana Luíza D. B. Drummond

16H Apresentação cultural: alunos da E. E. Almirante Toyoda

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