terça-feira, setembro 23, 2025
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Orgulho de ser brasileiro

Discurso na ONU dá chance para o Brasil ser passado a limpo e para brasileiros pararem de passar vergonha

(*) Fernando Benedito Jr.

Lula fez um discurso de estadista na abertura da Assembleia Geral da ONU. Se Donald Trump queria ouvir alguma declaração do presidente brasileiro, ele ouviu. E não foram pedidos de desculpas, não foi mendigar negociação de tarifaço, muito menos fazer bajulação e mentir, como fazia seu antecessor. Lula fez um discurso altivo, corajoso, duro, crítico, frente à frente com aquele que se julga o dono do mundo. Foi aplaudido várias vezes.  Discurso de Lula na ONU dá chance para o Brasil ser passado a limpo e para brasileiros pararem de passar vergonha no plano internacional.

O presidente foi firme na defesa da soberania nacional, das instituições nacionais e da democracia. Reafirmou que a justiça brasileira deu um exemplo ao punir os golpistas, entre eles o ex-presidente Bolsonaro. Sob aplausos, criticou o genocídio em Gaza, defendeu a solução dos dois Estados e adentrou em outros temas internacionais espinhosos, como a guerra na Ucrânia (mais uma vez foi aplaudido), o fortalecimento do Sul Global, a luta contra a fome e em defesa do meio ambiente.

O presidente fez um discurso para deixar os brasileiros orgulhosos, algo muito diferente do seu antecessor que nas quatro vezes em que abriu a assembleia da ONU durante seu mandato utilizou a tribuna internacional para contar mentiras. Disse, por exemplo, que o País era um sucesso no combate à pandemia de covid-19 – o País sofreu com mais de 700 mil mortes –; que o Brasil era alvo de uma campanha de desinformação sobre o desmatamento da Amazônia (“Na Amazônia brasileira, área equivalente à Europa Ocidental, mais de 80% da floresta continua intocada, ao contrário do que é divulgado pela grande mídia nacional e internacional”); defendeu o tratamento precoce de Covid-19. Ao lado de Silas Malafaia, que integrava sua comitiva, disse que seu governo “extirpou a corrupção sistêmica” – apesar de acusações e investigações envolvendo ele próprio e seus filhos, à época. Aproveitou o ensejo para acenar ao “direito à legítima defesa” – já que o armamento da população civil era e deve continuar sendo uma de suas principais pautas. No mais, usou o discurso para elogiar Michele Bolsonaro. E cravar mentiras umas atrás das outras.

Esta é a diferença entre o que se ouviu na ONU antes e depois.

(*) Fernando Benedito Jr. é editor do Diário Popular.

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