Policia

Operação prende 11 traficantes e apreende 25 quilos de maconha

PC apresentou 10 dos 11 presos pela operação Marco Zero; à frente, droga e o dinheiro apreendidos com os bandidos (Fotos: Lorena Siman)

IPATINGA – A Polícia Civil apresentou ontem (27) pela manhã, 10 dos 11 presos na operação Marco Zero, deflagrada no final de semana e que apreendeu aproximadamente 25 quilos de maconha, R$ 5 mil em dinheiro, seis carros e três motocicletas. Os trabalhos de investigação começaram no mês de abril e foram conduzidos pelo delegado da Delegacia Adjunta de Repressão aos Tóxicos e Entorpecentes (Date), Ricardo Cesari, com o apoio da Delegacia de Homicídios.

Ricardo Cesari detalhou os passos da operação e contou que a quadrilha presa era especializada somente na comercialização de maconha. Entretanto, um dos integrantes presos também é suspeito de traficar outros tipos de entorpecentes, como cocaína e crack. A atuação do homem será investigada, pois os policiais acreditam que ele possa ter armazenado um grande estoque das duas substâncias.

A movimentação do grupo começou a ser investigada em 23 de abril deste ano. Os agentes conseguiram identificar, por exemplo, que se tratava de um grupo organizado em quatro hierarquias: o chefe, seus braços direitos, os distribuidores e os revendedores. Constataram ainda que a droga era comprada em Belo Horizonte e que um grande carregamento chegaria à região no último sábado (22).

DESMANTELAMENTO
Os agentes então se deslocaram para o posto da Polícia Rodoviária Federal, em Jaguaraçu, na BR-381, para dar início ao trabalho de desmantelamento do bando, quando o carro que trazia a maconha de Belo Horizonte foi abordado e a droga apreendida, sendo o condutor e um menor de idade, detidos.

A partir daí, a Polícia Civil deu início ao trabalho de prisão de todos os outros envolvidos. De posse dos mandados de prisão expedidos pela 2ª vara Criminal de Ipatinga, os agentes conseguiram desarticular toda a quadrilha durante o final de semana e apresentaram os traficantes na manhã de ontem.

Após a prisão, integrantes da quadrilha contaram que aguardavam a chegada deste carregamento de maconha para que houvesse a distribuição para os usuários. De acordo com informações dos próprios bandidos, a expectativa era de que toda a droga fosse vendida em somente três dias.

ATUAÇÃO
A quadrilha tinha seu ponto central localizado no bairro Bethânia, em Ipatinga, e na cidade o bando tinha forte atuação nos bairros Veneza, Centro e Planalto. A polícia também acredita que o grupo esteja associado aos diversos crimes contra a vida que têm sido registrados nesse último bairro, mas a hipótese ainda será investigada. Além de Ipatinga, o grupo atuava em pelo menos outras três cidades da região: Ipaba, Belo Oriente e Santana do Paraíso. Segundo Ricardo Cesari, os três bandidos que encabeçavam a quadrilha eram da mesma família: o chefe, sua esposa e seu irmão.

RECORDE
A maconha apreendida pela operação Marco Zero é a maior quantidade encontrada pela Polícia Civil de Ipatinga, mesmo se comparando a todos os outros tipos de entorpecentes, desde o início deste ano até o mês de maio, conforme afirmou a delegada Irene Angélica. O prejuízo financeiro para a quadrilha, de acordo com os cálculos da Polícia Civil, é de cerca de R$ 100 mil.

ARMAS E VEÍCULOS
Também foram apreendidos duas armas, seis carros e três motos, que de acordo com as investigações, eram utilizados para os transportes e também na comercialização da maconha. Três menores de idade foram detidos durante a operação, mas foram apenas ouvidos e liberados.

Ricardo Cesari destacou o apoio do Ministério Público e da Justiça de Ipatinga, bem como da Delegacia de Homicídios da cidade, que, segundo o próprio delegado, deve atuar em parceria com a repressão de tóxicos. “Não se acaba com os homicídios sem acabar com o tráfico e vice versa”, ponderou.

METODOLOGIA
De acordo com a delegada Irene Angélica Franco, a denominação desta operação – Marco Zero – representa o início de uma nova metodologia a ser aplicada pela Polícia Civil de Ipatinga, com grandes operações, maiores apreensões e mais prisões. Irene contou que essa foi uma de suas primeiras ações à frente da 1º Delegacia Regional da Polícia Civil como delegada regional, cargo que assumiu em meados de abril deste ano.

Irene disse que essa é uma tendência já utilizada pela PC em outras cidades do Estado e também na capital, Belo Horizonte. Irene disse que grandes operações, como a Marco Zero, serão mais freqüentes na região do Vale do Aço e serão aplicadas na investigação dos crimes violentos e de tráfico de drogas, visando sempre a desarticulação total das organizações criminosas com impacto nas finanças das quadrilhas.
A delegada também elogiou o trabalho da Delegacia de Repressão aos Tóxicos e Entorpecentes e ressaltou que a operação foi bem fundamentada, o que possibilitou ao Ministério Público a expedição dos mandados de prisão e também o acatamento da justiça.


Delegada Irene Franco, durante apresentação dos presos; nova metodologia

 

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