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ONU combate violência de gênero contra refugiadas

ACNUR solicita apoio para responder ao agravamento do impacto da violência de gênero sobre mulheres e meninas refugiadas, deslocadas e apátridas

A declaração a seguir é atribuída ao Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi

Genebra, 25 de novembro de 2021 – Uma em cada cinco mulheres refugiadas ou deslocadas internamente já enfrentou violência sexual. Atualmente, devido ao impacto prolongado da pandemia de COVID-19 em questões socioeconômicas e de direitos humanos, esta situação se agravou.

Do Afeganistão e Colômbia à República Democrática do Congo e além, o impacto negativo dos conflitos, da COVID-19 e dos deslocamentos forçados foi sentido em maior escala por mulheres e meninas.

Desde março do ano passado, o ACNUR reportou um aumento global da violência doméstica, casamentos prematuros, tráfico, exploração sexual e abuso como resultado da pandemia. Alguns avanços registrados na área de igualdade de gênero sofreram retrocessos.

Abordar a violência de gênero requer uma resposta coordenada, envolvendo autoridades nacionais, parceiros humanitários, sociedade civil, doadores assim como mulheres, raparigas, homens e rapazes deslocados à força.

Ao comemorarmos, este ano, o 30º aniversário dos 16 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero, pedimos às autoridades nacionais e locais que redobrem os esforços para proteger os direitos dos refugiados, mulheres e meninas deslocadas internamente e apátridas, bem como prevenir estes grupos de sofrerem violações.

As pessoas forçadas a se deslocar e apátridas devem ser igualmente incluídas em todas as respostas nacionais à violência de gênero. As sobreviventes devem receber apoio no processo de recuperação, e os perpetradores devem ser encaminhados à justiça.

O financiamento para programas humanitários que combatem a violência de gênero – incluindo projetos de empoderamento de mulheres e meninas, assim como serviços de resposta às vítimas – deve ser ampliado. O apoio deve ser canalizado especialmente para aqueles que trabalham na linha de frente – incluindo organizações e grupos liderados por mulheres deslocadas.

Acabar com a violência de gênero requer uma ação que corresponda às promessas feitas.

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