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Onda de incêndios devasta áreas verdes em Timóteo

TIMÓTEO – Nos últimos 15 dias, o município de Timóteo está sofrendo com uma onda de incêndios florestais, decorrentes de atos criminosos e de queimadas irregulares de terrenos. De acordo com a defesa Civil de Timóteo, até esta segunda-feira, cerca de 200 hectares de áreas verdes foram destruídos por incêndios.

Os principais bairros atingidos são o Macuco, Eldorado, Olaria, Alvorada, Novo Tempo, São Cristóvão, Primavera, Santa Cecília e Ana Rita e Serenata. O fogo tem atingido inclusive áreas de preservação ambiental, como o entorno do Parque Estadual do Rio Doce e a área do Centro de Educação Ambiental – Oikós. Nesta quarta-feira (30), houve novas queimadas nas encostas dos bairros Olaria, Novo Horizonte e antiga área da Fumic (Primavera).

OIKÓS
O incêndio na área do Oikós iniciou no dia 28, e até a tarde desta quarta-feira (30) os focos de incêndio não haviam sido debelados totalmente. Na terça-feira, uma equipe da Defesa Civil e o prefeito Keisson Drumond participaram do trabalho de contenção do fogo. Na avaliação da Defesa Civil, cerca de 30 hectares de área verde foram destruídos.

“Além da possibilidade do fogo atingir moradias e colocar em risco a integridade das pessoas, os incêndios florestais causam um prejuízo ambiental incalculável. Destruímos nossa fauna e flora e as nascentes com as queimadas”, lamentou o prefeito.

CRIME

“A maioria dos incêndios foi decorrente de atos de vandalismo. A outra parte refere-se a atividades de queimadas feitas por proprietários de terreno sem orientação do Instituto Estadual de Florestas e da Polícia Ambiental. As queimadas têm que ser autorizadas pelas instituições, devendo seguir uma série de procedimentos básicos, como a realização prévia de aceiro (desbaste de um terreno em volta de propriedades e matas, para impedir propagação de incêndios)”, explica Delmando Amorim, coordenador da Defesa Civil de Timóteo, informando que no bairro Macuco foram realizados aceiros para a proteção das matas no entorno do Parque Estadual do Rio Doce.

DANOS
“A situação é muito preocupante, porque ainda estamos em um período de estiagem e de alta temperatura, em que a vegetação fica seca tornando mais propícia a propagação do fogo. A comunidade deve se conscientizar sobre os males decorrentes dos incêndios, evitando o ato de queimada e denunciando os infratores”, pondera Delmando Amorim.
Os danos à natureza vão refletir em problemas como deslizamento de encostas, prejuízo à saúde, principalmente em relação às doenças respiratórias, além de destruir a natureza. Apesar das dificuldades no combate aos incêndios, a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, IEF e Polícia Ambiental têm conseguido manter o controle da situação. A previsão é de que o período de queimadas se encerre em outubro, quando geralmente inicia a época de chuvas.


Até a tarde de ontem (30) os focos de incêndio não haviam sido debelados totalmente


O Macuco está entre os bairros atingidos: 200 hectares de áreas verdes já foram destruídos

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