Cidades

Olho Vivo sob ameaça por falta de pagamento

O sistema de transmissão de imagens para a Central de Monitoramento pode ser cortado pelo fornecedor

 

IPATINGA – Os recentes problemas financeiros vividos pelo governo Robson Gomes (PPS), que já comprometeram serviços na área de saúde e educação, agora ameaçam a segurança pública.
Isso porque a administração deve aproximadamente R$ 2 milhões à empresa Raitel, responsável pelo software que faz gestão das imagens até a Central de Monitoramento. Os pagamentos não acontecem desde setembro do ano passado. A inadimplência também tem comprometido a manutenção dos equipamentos e câmeras espalhadas em diversos pontos da cidade.
Por estar há 10 meses sem receber, a empresa contratada pela Raitel para dar manutenção também não consegue arcar com os seus compromissos, como é o caso da WKVE.
Atualmente, o programa Ipatinga Segura possui 19 câmeras na área central, e outros 24 pontos de vigilância espalhados por 13 bairros.

DATALEX
Em janeiro deste ano, os funcionários terceirizados que trabalhavam na central de monitoramento contratados pelo Instituto Datalex acabaram sendo dispensados em função de atrasos nos repasses.
Após rescindir unilateralmente o contrato, a Prefeitura colocou vigilantes para suprir a demanda de operadores de câmeras. Na ocasião, o governo devia à empresa quatro parcelas, aproximadamente R$ 240 mil, que não eram pagas desde outubro de 2011.

CRIMINALIDADE

O Governo Robson mostrou empenho em divulgar os bons resultados do programa Ipatinga Segura. Em material publicitário que circulou pelo município no mês passado, a Prefeitura informou que somente no ano de 2011 o sistema registrou 1.663 abordagens a pessoas em atitudes suspeitas, 393 Boletins de Ocorrência e 465 prisões de infratores em flagrante delito.
“O Olho Vivo de Ipatinga, conhecido como o olho do policial, cumpre seu papel de prevenção criminal, na avaliação do comando da Polícia Militar. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) passou a utilizar os equipamentos para monitorar e agir de forma preventiva em áreas de risco, num sistema batizado de SISP-GEDAR. O sistema utiliza um software de atendimento de emergência integrado com informações de GPS (localização), de geoprocessamento (mapeamento) e de telefones (199), e serve para auxiliar o dimensionamento de um possível desastre”, divulgou o material impresso. E ainda destacou que o sistema contribuiu para a redução de mais de 50% nos crimes violentos na área central, desde que foi implantado, em dezembro de 2009.

SEM RESPOSTA
A reportagem encaminhou à Prefeitura de Ipatinga questionamentos sobre a possibilidade de suspensão dos serviços do Olho Vivo. Contudo, não houve resposta até o fechamento da edição.


O empenho em divulgar a eficiência do programa Olho Vivo não é o mesmo quanto ao pagamento do contrato

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