Cidades

Olho Vivo é desligado por falta de pagamento

PMI não pode mais contar com os serviços de transmissão de imagens à central de monitoramento

 

IPATINGA – As 43 câmeras do sistema Olho Vivo foram desligadas ontem (1) por falta de pagamento do governo Robson Gomes (PPS) ao prestador do serviço, a Fundação Guimarães Rosa.
O DIÁRIO POPULAR informou, em reportagem publicada na semana passada, que dívidas do Governo poderiam culminar com a desativação do sistema. A Prefeitura deve cerca de R$ 2 milhões referentes ao sistema de monitoramento na cidade.
A Fundação Guimarães Rosa teria encaminhado um ofício para o município, comunicando a suspensão dos serviços de transmissão de imagens até a central de monitoramento.
Por outro lado, a Administração Municipal disse que desativou o sistema temporariamente diante do impasse por parte da Fundação Guimarães Rosa em aceitar a proposta do município para manutenção do serviço.
As Polícias Civil e Militar foram comunicadas oficialmente da suspensão dos serviços pelo poder municipal nesta quarta-feira (1o). Para não haver comprometimento da segurança pública, os 30 servidores do sistema de monitoramento serão remanejados para outras áreas, como escolas e postos de saúde da rede pública municipal.

CRISE
A justificativa para a suspensão do serviço é a mesma dada para o não pagamento dos convênios das creches, das horas-extras dos servidores do Hospital Municipal, entre outros tantos problemas vividos pelo governo Robson: a queda na arrecadação.
“Desde o início deste ano, em função da constante perda de receita, a administração municipal tomou uma série de medidas para manter os compromissos assumidos, como a negociação de redução dos contratos e de parcelamento de débitos em aberto com alguns fornecedores”, informou.
Segundo a nota da Prefeitura, há dois meses a equipe do atual governo faz reuniões com representantes da Fundação Guimarães Rosa (BH), responsável pela manutenção do sistema Olho Vivo, para apresentar propostas à sua manutenção.
Mas, diante da ausência de solução do impasse, o Grupo de Trabalho Executivo (GTE) decidiu suspender o projeto.
“Segurança pública é dever do Estado, mas sempre fizemos nossa parte para garantir mais segurança aos munícipes de Ipatinga. Entretanto, com a perda de receita agravada pela redução do FPM em 35,85%, não temos mais como arcar sozinhos com a manutenção do Olho Vivo. Fizemos proposta de redução do contrato e de refinanciamento dos débitos com a Fundação Guimarães Rosa. Como não houve consenso, não nos resta outra alternativa senão suspender o serviço até que haja uma solução para os impasses”, esclareceu o prefeito.

PARCERIA
De acordo com dados da Polícia Militar de Minas Gerais, outros municípios como Belo Horizonte, Betim, Contagem, Sete Lagoas, Uberlândia e Montes Claros mantêm o Olho Vivo com o apoio de empresas como a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Secretaria de Estado de Defesa Social.
No ano de 2011, a Administração repassou R$ 660 mil para investimento no Projeto Patrulha Escolar. Ao todo, foram adquiridas 18 viaturas e seis motocicletas para garantir mais segurança para mais de 22 mil alunos da rede pública, além de escolas estaduais e particulares. Em maio deste ano, a administração municipal entregou ainda 30 netbooks com internet 3G e duas motocicletas para a implementação do programa Polícia de Proteção Integral ao Adolescente (Popi) e reforço ao policiamento comunitário.

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