FABRICIANO – Os Comitês da Bacia do Rio Doce realizaram a 1ª Oficina Integrada de Capacitação e Educação Ambiental. Além da troca de ideias, a proposta principal era a apresentação de ações que pudessem ser implementadas no âmbito da educação ambiental. A oficina foi realizada no Centro Universitário do Leste de Minas (Unileste), em Coronel Fabriciano, e contou com a presença de mais de 40 participantes.
A realidade ambiental é cada vez mais preocupante. A partir deste cenário é possível notar a necessidade urgente em propor sistemas educativos nas comunidades inseridas na Bacia do Rio Doce para buscar mudanças de comportamento em relação à proteção da biodiversidade. Divididos grupos de trabalho, representantes dos comitês afluentes da porção mineira e capixaba tiveram a missão de listar ações que possam ser implementadas no território.
SONDAGEM
O primeiro momento foi dedicado a uma sondagem diagnóstica sobre o conhecimento dos conselheiros quanto à educação ambiental na bacia. Em seguida, foi feita uma listagem cronológica de projetos e iniciativas já desenvolvidos pelos comitês em prol do meio ambiente. O moderador responsável pela oficina foi Luis Gustavo de Melo, representando a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). “Nós, enquanto representantes públicos ou de comitês de bacia, precisamos planejar e implantar políticas públicas urgentes. A dinâmica desta oficina é chegar em um ponto de partida”, afirma.
DESAFIOS E POTENCIALIDADES
O analista ambiental do Instituto Mineiro de Gestão das Águas e membro do CBH Piranga, Eduardo de Araújo, apresentou a palestra “Desafios e Potencialidades da Capacitação e Educação Ambiental no CBH Doce”. Em sua fala, Araújo chamou a atenção para a integração do tema na conservação dos recursos hídricos. “O tema é de suma importância no Brasil: Educação ambiental e capacitação. Estão dentro da base dos comitês de bacias e da política nacional de educação de recursos hídricos, tanto que o Conselho Nacional de Recursos Hídricos criou uma resolução para tratar de diretrizes para a educação ambiental, comunicação e mobilização social na gestão de recursos hídricos. Nós temos a educação e a capacitação como um piloto, uma ponta de orientação, um norte para a implementação da gestão de recursos hídricos”, ressaltou.
REFERÊNCIAS
Senisi Rocha, vice-presidente do CBH Doce e representante do Instituto Soledade, enfatizou a importância da busca por referências para ampliar as estratégias dentro dos comitês. “Estamos dando os primeiros passos na construção de uma proposta concreta de educação ambiental e capacitação dentro do nosso comitê. É bastante complexo chegar em resultados, em respostas, porque estamos ainda muito incipientes, e tratar desse tema é a primeira vez, é inédito e por isso a gente ainda está buscando referências, buscando é o que é ideal, o que convém fazer neste primeiro momento, elencando e elegendo prioridades. Nós queremos que esses grupos possam produzir informações que vão depois colaborar com novas estratégias.”, disse.
A OFICINA
A 1ª Oficina Integrada de Capacitação e Educação Ambiental dos Comitês da Bacia do Rio Doce conta com o apoio da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA); Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Centro Universitário do Leste de Minas (Unileste) e da Entidade Delegatária e Equiparada às funções de Agência de Água da Bacia do Rio Doce (Agedoce).