Cidades

Obra de drenagem põe fim a inundações

Avenida Sanitária, que será construída ao final das obras do Parque Linear, dará mais mobilidade à população de Coronel Fabriciano                (Fotos: André Almeida)

FABRICIANO – As primeiras obras de intervenção do Parque Linear começaram a ser executadas em maio deste ano, e até ontem (28) já havia sido realizado 30% do projeto de revitalização da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Caladão, idealizado pelo governo Chico Simões (PT).

As drenagens começaram na rua São Vicente, no bairro Giovannini, e se estenderam ainda para as ruas Copacabana, Leblon, Guarapari, Itaparica e 23. Além dessas, foram feitas ainda várias obras de micro e macrodrenagem em pontos dos bairros Manoel Domingos, Nossa Senhora da Penha e Nossa Senhora do Carmo.

O Beco da Maura e Beco do Sudário também estão recebendo intervenções que compõem o Parque Linear. Antes de chegar às margens do ribeirão Caladão, as obras do Parque Linear serão executadas em outras localidades do município. O primeiro lote consumiu um total de R$ 4 milhões.

O projeto do Parque Linear vai aumentar a capacidade de vazão e combater as enchentes, que tanto prejudicam o município. A obra total terá 9,2 quilômetros de extensão, numa área que abrange 70% da população fabricianense.

Além de beneficiar cerca de 70.500 pessoas, o conjunto de obras terá reflexos positivos em toda cidade, com melhoria da qualidade de vida. Ao todo o projeto vai custar R$ 33 milhões com as obras ao longo da extensão da Bacia do Caladão, substituição de antigas pontes e construção de áreas de lazer e revegetação.


Ao todo, foram realizadas 30% das obras previstas no projeto do Parque Linear e as intervenções feitas
já garantem fim das inundações na região do Melo Viana


DESAPROPRIAÇÃO

Outra importante etapa do projeto foi viabilizada no final de novembro, quando os integrantes do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) liberaram a concessão da Licença Plena (LP) e Licença de Instalação (LI) do Projeto do Parque Linear.

As licenças são indispensáveis para o remanejamento das cerca de 150 famílias que moram próximas ao córrego ou na calha do ribeirão. As desapropriações vão obedecer a um estudo pluviométrico que vai determinar os pontos que devem ser evacuados.

RETROSPECTIVA
Antes de iniciar as obras, a Prefeitura percorreu um longo caminho para garantir a concretização do Parque Linear. Após aprovar o financiamento pela Câmara, no final de 2009, foi preciso cumprir várias etapas burocráticas.

O processo foi extenso e exigiu muito trabalho da equipe técnica e jurídica para que o município pudesse receber os recursos e fazer o financiamento, sem comprometer as políticas e ações desenvolvidas pela Administração Municipal.
A Prefeitura cumpriu com todas as tarefas exigidas por Lei para receber os recursos do Parque Linear. Toda a documentação (incluindo os projetos técnicos) foi entregue, avaliada e aprovada pela Caixa Econômica Federal e pela Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda.

Novas avenidas garantem mobilidade
Fabriciano – Para o prefeito Chico Simões (PT), a avenida Sanitária – que será construída ao final das obras do Parque Linear – e a ligação viária entre os bairros Caladinho e Silvio Pereira II – desembocando na avenida Tancredo Neves – vão ser responsáveis por dar mobilidade à população de Coronel Fabriciano.

“São duas obras que vão mudar muito o aspecto do trânsito do município. O Parque Linear tem seu papel de macro drenagem e de beneficiar 60% das pessoas que moram no Melo Viana. Já a ligação entre o Silvio Pereira II e o bairro Caladinho vai conseguir diminuir de 8,5 quilômetros para apenas 1,7 quilômetro”, explicou.

A perspectiva é de que as obras sejam concluídas nos próximos dois anos já na gestão da prefeita eleita Rosangela Mendes (PT), sucessora de Simões. Mesmo no fim de sua gestão, Chico afirmou que as duas frentes viárias têm que ser precedidas de estratégias que possam melhorar o transporte público.
“Precisamos estimular as pessoas a andar a pé ou de bicicleta, pois nada adianta abrir novas avenidas se a frota de carros também aumentar nos próximos anos. Temos que priorizar o transporte de qualidade e barato”, reforçou.


LEI QUE INSTITUI PLANO DIRETOR É SANCIONADA

FABRICIANO – Na última quinta-feira (27), o prefeito de Coronel Fabriciano, Chico Simões, sancionou a Lei nº 3.759, que institui o Plano Diretor do município. O documento que define os princípios e diretrizes para a política territorial de Fabriciano foi elaborado a partir de discussões com a população e aprovado pela Câmara de Vereadores.
O Plano Diretor é uma lei municipal pactuada entre a população e o poder público, estabelecendo meios para organizar a cidade. Ele permitirá que o município se organize de acordo com o interesse coletivo, garantindo que a função social da cidade e da propriedade seja planejada de forma adequada, assegurando uma distribuição justa dos investimentos e serviços públicos.
No Plano Diretor está refletida a cidade que os seus habitantes desejam, com o aproveitamento socialmente justo do solo e a utilização adequada dos recursos naturais disponíveis, bem como proteção e melhoria do meio ambiente natural e construído.

 


(Divulgação São Camilo)


PERSPECTIVAS PARA SAÚDE SÃO OTIMISTAS
Reabertura de parte do Hospital São Camilo alivia município para investir em atenção básica; funcionamento do bloco cirúrgico e internação cirúrgica, previstos para outubro, acabou não acontecendo


FABRICIANO
– Em 16 de julho de 2011 o antigo Hospital Siderúrgica, principal porta do SUS em Coronel Fabriciano, fechava as portas depois sobreviver por quase dois anos das verbas injetadas pela Prefeitura de Coronel Fabriciano, além de aportes emergenciais do Governo do Estado.

Para viabilizar a reabertura da unidade hospitalar, o prefeito Chico Simões acionou a justiça para chamar Estado e União a assumirem suas responsabilidades pelo funcionamento do hospital.
“No decorrer desse tempo, foi deliberada a responsabilidade de cada um. E ficou claro que a obrigação de manter o Hospital Siderúrgica funcionando é do Estado e da União. E que o município não tinha obrigação de repassar recursos ao hospital”, relembrou o prefeito Chico Simões (PT).

Simões analisou que as ações tomadas pelo município de Coronel Fabriciano foram fundamentais para o desfecho positivo da situação. Foram repassados anualmente R$ 1,4 milhão ao Hospital Siderúrgica.
“Tínhamos muita tranquilidade ao acionar o Ministério Público Federal, pois entendíamos que essa era a única forma de chamar o Estado de Minas Gerais para a sua responsabilidade. Mesmo sem ter obrigação, sempre repassei verba ao hospital e isso em todo o meu governo. Até agora já foram destinados cerca de R$ 11 milhões”, lembrou.

Custeado pelo governo estadual, o Hospital São Camilo, antigo Hospital Siderúrgica, foi reaberto no final de agosto deste ano. A unidade funciona atualmente com 52 leitos, sendo 30 de clínica médica, 10 leitos de UTI adulto e 10 de observação. A média de atendimento mensal de urgência e emergência era de 2.500 casos.
Até o final de dezembro foram atendidas 12,5 mil pessoas, segundo a projeção de demanda fornecida pela mantenedora São Camilo. O volume se refere apenas aos pacientes que deram entrada no Hospital de Coronel Fabriciano.

A segunda etapa das obras, que prevê a inauguração do bloco cirúrgico, internação cirúrgica e os setores de apoio e administrativo, acabou não acontecendo no tempo previsto inicialmente, no final de outubro. A perspectiva é de que as instalações estejam liberadas para uso no mês de janeiro.

Agora que o atendimento hospitalar se normalizou, a atenção básica do município de responsabilidade da Prefeitura de Coronel Fabriciano foi ampliada com a contratação de equipes do Programa Saúde da Família (PSF), garantindo uma cobertura de 60%. E a Administração investe na ampliação das unidades de saúde e reformas.

Sobre os desafios que vai enfrentar na área da saúde, a prefeita eleita Rosangela Mendes (PT) disse estar satisfeita com a estrutura que vai receber. “Percebemos que Fabriciano mais uma vez saiu na frente e tem uma cobertura superior ao que foi mostrado de outros municípios. Temos consciência de que o desafio na área da saúde é grande e precisamos melhorar. Mas a estrutura que temos nos deixa tranquilos para assumir sem maiores demandas emergenciais”, declarou.

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