IPATINGA – O prefeito Nardyello Rocha disse nesta quarta-feira (19) que o município vai inciar o próximo com um déficit de R$ 32 milhões, mas, apesar das dificuldades, vai efetuar o pagamento da segunda parcela do 13º salário esta semana e pagar os salários de dezembro no próximo dia 28, inclusive dos aposentados. “Serão injetados R$ 11,5 milhões na economia da cidade”, salientou. Nardyello disse que esteve com Belo Horizonte juntamente com outros prefeitos conversando com o governador eleito e que grande parte das prefeituras já declararou estado de calamidade financeira e muitas já pararam de pagar a folha. “Na área da educação, algumas cidades já estão há dois meses sem pagar e algumas sequer devem retomar as aulas no início do ano letivo”, disse.
Nardyello afirmou ainda que a administração municipal “vai priorizar o CPF”, ou seja, as pessoas físicas, para só depois voltar as atenções para as pessoas jurídicas, como fornecedores e prestadores de serviço. “A Prefeitura de Ipatinga é a maior empregadora do município e o não pagamento de uma folha significa um trauma econômico para a cidade”, ilustrou.
ATRASO NOS REPASSES
O prefeito também fez duras críticas ao governo de Fernando Pimentel (PT) por causa do atraso nos repasses do ICMS, Fundeb e recursos da saúde. A dívida do governo estadual coma cidade soma cerca de R$ 120 milhões. Cerca de R$ 14 milhões se referem ao ICMS, R$ 26 milhões do Fundeb e o restante de repasses do Pro-Hosp e outros no setor da saúde. “A proposta do governo é criar um Fundo Extraordinário – que na verdade é uma ‘pedalada fiscal’, mas isso é um problema que ele deverá responder judicialmente depois. Segundo esta proposta, o ICMS seria pago este ano, e os recursos da saúde e Fundeb seriam lançados no Fundo para um futuro encontro de contas com a Lei Kandir e securitização que não se sabe quando irá acontecer”, explicou. Ele destacou que o único aspecto positivo seria o pagamento do ICMS com o primeiro recurso do Fundo Extraordinário.
Em relação ao novo governo, Nardyello espera que Zema cumpra pelo menos os compromissos constitucionais, como repasse do ICMS, Fundeb e os recursos do setor de saúde. “O atual governo, não pagou sequer um Pro-hosp”, afirmou.
Em relação às medidas a serem adotadas para enfrentar o déficit do próximo ano, Nardyello adiantou que além de buscar recursos externos junto aos governos estadual e federal, também deverá adotar medidas de conteção de despesas, mas descartou cortes no funcionalismo. “A folha de pagamento não é o grande problemas, mas o peso da máquina pública”, disse.
ROTATIVO
Durante o encontro com a imprensa, Nardyello Rocha adiantou que começa na noite desta quarta-feira a colocação de placas do novo sistema de estacionamento rotativo na cidade e amanhã serão inciadas as pinturas de demarcação dos espaços.
