(Crédito: Facebook)
ITABIRA – A partir de segunda-feira (10) a Polícia Civil começa a ouvir depoimentos de testemunhas sobre o caso da mãe que matou a filha e depois tirou a própria vida. A tragédia aconteceu na noite da última quarta-feira (5). Os detalhes periciais apontam para homicídio seguido de suicídio. O fato chocou a população da cidade, que já viu casos semelhantes acontecerem.
TIROS
Marly Alves Almeida, 31 anos, e a filha dela Izabela Almeida Neves, de 7 anos, foram encontradas mortas dentro de um carro na MG-129, estrada que liga Itabira ao município de Nova Era.
A criança foi encontrada caída no banco de trás do veículo com um tiro no peito e outro no abdômen. Já a mãe estava no banco do motorista e apresentava um tiro na cabeça. Um revólver calibre 38 também foi encontrado no assento da motorista. No carro das vítimas, a polícia encontrou um bilhete deixado por Marly informando a senha de seu celular. A pista abre precedentes ao que já foi investigado até o momento.
PERÍCIA
De acordo com o delegado que investiga o caso, Paulo Henrique Moreira Campos, não há nenhuma evidência de que a cena do crime tenha sido manipulada. A menina foi encontrada com dois tiros, um no peito e outro no abdômen. Segundo a perícia, no corpo de Izabela foi encontrado requícios de pólvora, o que indica que o tiro foi efetuado a curta distância.
“A necropsia que foi feita no corpo da menina evidencia que um dos tiros foi efetuado com a arma “colada” no corpo da vítima. Todos os disparos são compatíveis com a posição dos corpos, então não há indícios de que a cena do crime tenha sido adulterada”, explicou o delegado.
BILHETE
Até ontem a polícia ainda não tinha destravado o celular de Marly. No carro, ela deixou um bilhete com a senha do aparelho. Amigas e o ex-marido dela disseram à polícia que receberam mensagens de Marly dizendo que estava com a filha e que faria uma “grande besteira” e que depois se mataria.
Os militares então iniciaram um rastreamento em busca do veículo em que ela teria saído com a criança. No entanto, quando o carro foi encontrado, mãe e filha já estavam sem vida. “Até o momento o que sabemos é o que as amigas disseram: que Marly estava muito agitada”, contou o delegado. Marly teria ido à casa de algumas amigas na tarde quarta-feira.
Bilhete deixado no carro por Marly tinha a senha de seu celular (Crédito: Fatos de Minas)
