Cidades

MTE quer reduzir gastos com acidentes de trabalho

(Crédito: Emmanuel Franco)

 

IPATINGA – A convite do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços (Sindcomércio) do Vale do Aço, os auditores fiscais Julie Santos Teixeira e Leandro Ramalho França vieram ao Vale do Aço ministrar palestra para detalhar sete das 36 Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Contabilistas, empresários e muitos outros profissionais da área de segurança e medicina do trabalho lotaram o auditório do Hotel San Diego, no bairro Horto, e puderam conferir de perto a explanação dos auditores.

Os presentes ainda tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas referentes às chamadas “NRs”, que regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios em supermercados, padarias, açougues e em muitos outros locais de trabalho.

MÁQUINAS ANTIGAS

Julie Santos e Leandro Ramalho integram o projeto “Intervenções Coletivas”, da Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE-MG).

De acordo com Julie Santos, a fiscalização do MTE em padarias, supermercados e açougues intensificou-se nos últimos anos. “Muitos destes estabelecimentos mantêm um maquinário bastante velho. Então, é necessária a instalação de dispositivos de segurança ou mesmo a aquisição de equipamentos novos adequados à Norma, para que as atividades laborais nesses setores não acarretem riscos ao trabalhador”, informou.

GASTO COM ACIDENTES
A auditora fiscal do MTE revelou que, por meio do projeto “Intervenções Coletivas”, foram enviadas 35 mil notificações a estabelecimentos do setor em Minas Gerais, de maneira a deixar os empresários informados que devem buscar adequação.

“O Brasil ocupa o posto de país que mais registra mortes em locais de trabalho no mundo, uma vez que são oito acidentes fatais por dia, conforme informações da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Temos que reduzir esse índice, pois são 70 bilhões que o país gasta com acidentes de trabalho anualmente. Um dinheiro que poderia estar sendo investido em saúde, segurança ou educação, mas acaba sendo perdido em razão de máquinas desprotegidas”, comentou Julie Santos, acrescentando que são muitas pessoas com menos de 30 anos sendo afastadas por invalidez. A palestra teve início pouco depois das 14h e terminou às 17h, sendo uma iniciativa do Sindcomércio em parceria com a Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG).

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