quinta-feira, novembro 21, 2024
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Mostra em Ipatinga destaca produção artística de jovens em cumprimento de medida socioeducativa

Exposição “Fragmentos e Vivências das Comunidades” está aberta ao público no Museu Estação Memória até 8/11, com entrada gratuita

IPATINGA – Moradores de Ipatinga podem conferir, até o dia 8/11 , a Mostra Cultural “Fragmentos e Vivências das Comunidades”, que reúne obras artísticas criadas por adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa na Casa de Semiliberdade da cidade. A exposição teve início na segunda-feira (28) no Museu Estação Memória, tem entrada gratuita e apresenta aos visitantes uma perspectiva única sobre o universo cultural e as expressões individuais e coletivas desses jovens.

Segundo Marisa Alves Satler, diretora da Casa de Semiliberdade de Ipatinga, a iniciativa busca proporcionar aos adolescentes um amplo acesso à cultura, vendo-a como uma ferramenta essencial para a construção de projetos de vida. “Entendemos a cultura como uma estratégia de ampliação de repertório de vida e, a partir daí, de construções de projetos para esses adolescentes”, destaca.

VALORES

A exposição materializa valores de pertencimento e identidade, trazendo às telas e objetos artísticos as vivências das comunidades. Foram utilizadas técnicas variadas, como pintura, bordado e ilustração, nas oficinas de liberart e grafite. Entre os materiais expostos, estão telas com retratos coloridos e em preto e branco das comunidades, telhas de barro pintadas, bolsas ecológicas e uma colcha de retalhos com bordados de palavras que representam valores humanos.

De acordo com Marisa, a escolha dos materiais teve um propósito simbólico: “A telha de barro, por exemplo, remete às moradias nas comunidades e ao cotidiano das trocas e comércio local, enquanto as bolsas ecológicas lembram práticas de vizinhança, essenciais no ambiente comunitário”, observa.

PROTAGONISMO E APRENDIZADO

Um dos participantes destacou o impacto do projeto em sua vida e o sentimento de pertencimento à comunidade. “Falar de comunidade é falar de nós, porque nós somos a comunidade, nós fazemos a nossa comunidade”, afirma. Ele conta que cada gesto e cada atitude, representados nas obras, são uma contribuição para um ambiente mais seguro e acolhedor, onde todos possam “ver as crianças soltando pipa e jogando bola” e viver em paz.

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