Policia

Morte sob encomenda, diz PC

Para a polícia crime foi encomendado por questões financeiras    (Créditos: Gizelle Ferreira)

BUGRE – Um crime ocorrido há quase dois anos foi elucidado pela Polícia Civil de Ipatinga e terminou com a prisão de duas pessoas nesta quinta-feira (11). Foram presos temporariamente Vanda Lúcia Ferreira Vieira Gomes, de 49 anos, e Lucas Pedro da Silva, de 20. Os dois são suspeitos de tramarem a morte de Silas Vieira Gomes, 56 anos, ocorrida em dezembro de 2014, no Bugre.

Os detidos foram apresentados à imprensa na tarde desta quinta-feira (11) pelo Delegado Regional Helton Cota e o delegado responsável pelo inquérito Célio Las Casas. A polícia ainda procura pelo suspeito de ser o executor do crime, Vinícius Antunes de Souza, 27 anos e a sobrinha de Vanda, Rosilda dos Santos Silva, de 25 anos.

MOTIVAÇÃO
Conforme as investigações da Polícia Civil, o crime foi arquitetado por Vanda, esposa de Silas. Ela teria encomendado a morte do marido por R$ 100 mil. O motivo seria ficar com os bens de Silas (sítio e dinheiro). De acordo com o delegado Célio Las Casas, ela já tinha tentado tramar a morte do homem em outra ocasião, e como não deu certo chamou a sobrinha Rosilda para participar da trama.

Ainda segundo as apurações da PC, Rosilda se aproximou de Vinícius três meses antes de o crime acontecer e o convenceu a participar do assassinato. Em depoimento à polícia, Lucas Pedro (a pessoa que pilotou a moto para o executor), contou que quem matou Silas foi Vinícius Antunes a mando de Vanda com a conivência de Rosilda. Entretanto, ele nega que soubesse da trama.

“O que Lucas conta é que ele entrou na casa e viu que Vinícius saiu da residência com a arma. Então, ficou evidente que Vinícius é o autor do crime”, disse o delegado Célio.

DINHEIRO PARA PASTORA
Vanda negou as acusações e de acordo com a polícia, em seu depoimento, ela disse que passou o dinheiro para Rosilda pagar uma “pastora” que teria lido cartas para ela. “Vanda disse que se não pagasse os R$ 100 mil ela seria morta. Uma alegação que não convence”, disse. A polícia acredita que o dinheiro tenha sido dividido entre Rosilda e Vinícius, que teriam fugido para os Estados Unidos após receber o pagamento pelo serviço.

INVESTIGAÇÃO
O delegado Célio Las Casas considerou que o homicídio foi um tanto difícil de ser elucidado, porque a polícia não tinha como provar os boatos que apareceram à época contra Vanda. “Tivemos que montar um quebra-cabeça. A vítima não tinha inimigos, e logo após a morte de Silas, Vanda vendeu o terreno depositou o dinheiro na conta de uma terceira pessoa, o que nos levou a questionar por que este dinheiro não havia ido para conta dela. E então começamos a trabalhar na linha de que seria ela a autora do crime. E só recentemente conseguimos testemunhas que contaram como tudo aconteceu”, esclareceu Las Casas.

REPERCURSSÃO
O delegado regional Helton Cota lembra que o caso foi de grande repercussão na região, porque Vanda estaria insatisfeita com a avareza do marido. “Foi um caso de grande repercussão à época e que envolveu muito dinheiro”, finalizou.

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