Cultura

Morre na capital o “Frei Capeta”

Frei Cristovão Pereira foi sepultado ontem em Belo Horizonte

BELO HORIZONTE – Aos 79 anos, foi sepultado na manhã de ontem (8), em Belo Horizonte, o corpo do Frei Cristovão Pereira, conhecido como “Frei Capeta”. Doente há quase três anos, o franciscano morava em um Convento no bairro Carlos Prates, na capital mineira
Em Ipatinga, Frei Cristovão foi um dos fundadores da Paróquia Cristo Libertador, no bairro Canaã. Ele e outros franciscanos chegaram à cidade em 1989 e foram embora em1993, expulsos.
Ao deixar o Vale do Aço, ele foi designado para o estado de Roraima, onde ficou por sete anos. Depois passou pelas comunidades de São João Del Rei, e acabou perseguido pela família de Tancredo Neves. De lá, rumou para Teófilo Otoni e novamente foi perseguido e ameaçado de morte.
Ainda na região do Norte de Minas, cidade de Novo Cruzeiro, realizou importante trabalho com a juventude, no período da ditadura militar. Mas foi perseguido durante a ditadura e fugiu para a França, onde morou e cursou Ciências Sociais. Passou lá sete anos até regressar ao Brasil para atuar na em Divinópolis e Nanuque, onde ganhou apelido de frei Capeta.
Em seu livro ‘Reinventando a Utopia’, a historiadora ipatinguense Marilene Tuler conta a trajetória dos freis franciscanos que viveram no Vale do Aço na década de 90 e da defesa acirrada dos pobres.
“Era um jeito diferente de ser igreja, através da formação de Comunidades Eclesiais de Base. Eles incomodavam pela defesa intransigente que faziam dos pobres e marginalizados”, contou.

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