O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, impôs ontem à coligação PL-PP-Republicanos uma multa de R$ 22 milhões por litigância de má-fé e determinou o bloqueio do Fundo Partidário até o pagamento. Na mesma decisão, o ministro negou o pedido do partido, apresentado na terça-feira, para anular os votos de 59% das urnas no segundo turno. “Os argumentos da requente, portanto, são absolutamente falsos, pois é totalmente possível a rastreabilidade das urnas eletrônicas de modelos antigos”, ele escreveu. No mesmo dia, Moraes havia determinado que o PL incluísse na petição o primeiro turno, já que as mesmas urnas haviam sido usadas. Ontem, o PL manteve a ação original, alegando que a inclusão do primeiro turno seria “açodada” e implicaria incluir “todos os milhares de candidatos” que disputaram algum cargo nessas eleições. Uma revisão dos votos no primeiro turno poderia tirar do partido o posto de maior bancada eleita para a Câmara.
Mais cedo, o vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos-RS) já havia estimado que a ação do PL “não iria prosperar”, mas criticou a condução das eleições pelo TSE. “Precisamos dar mais transparência nesse processo. Não basta, pura e simplesmente, respostas lacônicas do nosso TSE para contestar eventuais denúncias ou argumentações”, disse.