quinta-feira, maio 1, 2025
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Míriam Leitão é eleita para a cadeira de Cacá Diegues na ABL

Jornalista com 16 livros publicados, Miriam teve 20 votos contra 14 do

RIO – A jornalista e escritora Míriam Leitão foi eleita nesta quarta-feira (30) para a Academia Brasileira de Letras (ABL).

Comentarista política da Globo, a mais nova “imortal” vai ocupar a cadeira número 7, cujo patrono é Castro Alves, e que estava ocupada pelo cineasta Cacá Diegues, morto em fevereiro.

Miriam é a 12ª mulher eleita para a ABL na história e a segunda na cadeira 7 – Dinah Silveira de Queiroz foi a primeira.

Na votação, feita com urna eletrônica, a jornalista teve 20 votos contra 14 do segundo colocado, o economista e ex-ministro da Educação do Brasil Cristovam Buarque.

“A Miriam é uma grande jornalista, grande escritora e ela tem um espectro de interesse muito amplo, que coincide com os interesses da Academia Brasileira de Letras. Ela tem preocupações com o Meio Ambiente, tem preocupação com a democracia, com os negros, com a política oficial do governo sobre as minorias”, disse o presidente da ABL, Merval Pereira.

PERFIL

Míriam Azevedo de Almeida Leitão nasceu em Caratinga (MG) em 7 de abril de 1953. É a sexta filha de um total de 12 do casal Uriel e Mariana, ambos educadores, sendo ele também pastor presbiteriano.

Iniciou sua carreira profissional no Espírito Santo, passando por Brasília e São Paulo, até se estabelecer definitivamente no Rio de Janeiro. em 1986.

Como escritora, Míriam publicou 16 livros (veja a lista abaixo) em diversos gêneros literários, incluindo não ficção, crônicas, romances e literatura infantil.

Como jornalista, atuou em jornal impresso, rádio, TV e mídia digital. Ao longo de seus 53 anos de carreira, trabalhou em vários veículos de comunicação, como Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil.

Desde 1991, Míriam faz parte do grupo Globo, onde é colunista do jornal O Globo, comentarista no Bom Dia Brasil, na Globonews e na CBN, além de apresentar o programa de entrevistas Miriam Leitão na GloboNews.

Em dezembro de 1972, aos 19 anos e grávida, Míriam foi presa e processada pela Lei de Segurança Nacional devido à sua oposição à ditadura militar.

Obras

Livros:

● Convém sonhar, coletânea de crônicas e colunas, (Record), 2011

●Saga brasileira, a longa luta de um povo por sua moeda, 2012 — Prêmio Jabuti de livro reportagem, e Jabuti de livro do ano de não ficção. ( Record), 2012

● Tempos extremos, romance— finalista do Prêmio São Paulo (Intrínseca), 2014

● História do futuro — O horizonte do Brasil no século XXI, livro-reportagem (Intrínseca), 2015

● A verdade é teimosa — coletânea de colunas, (Intrínseca), 2017

Refúgio no sábado — crônicas, finalista do Prêmio Jabuti (Intrínseca), 2018

● Democracia na armadilha — Crônicas do desgoverno, (Intrínseca), 2022

● Amazônia na encruzilhada, 2024 — livro-reportagem — (Intrínseca) Prêmio Juca Pato, 2024

Infantis:

● A perigosa vida dos passarinhos pequenos — Prêmio FNLIJ. Selo de Altamente Recomendável da FNLIJ; Semi-finalista do Prêmio Jabuti, 2013, (Rocco)

● A menina do nome enfeitado, 2014, (Rocco)

● Flávia e o bolo de chocolate, 2015 (Rocco)

● O estranho caso do sono perdido — Selo de Altamente Recomendável da FNLIJ, 2016 ( Rocco)

● O mistério do pau oco, 2018, (Rocco)

● As Aventuras do tempo, 2019, (Rocco)

● O menino que conhecia o fim da noite, 2022, (Rocco)

● Lulli, a gata aventureira, 2025, (Rocco)

Prêmios recebidos na atividade jornalística:

● Prêmio Jornalismo para a Tolerância, da Federação Internacional de Jornalistas pelo caderno “A Cor do Brasil”, 2004

● Prêmio Maria Moors Cabot, da Universidade de Columbia, 2005

● Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos, pelo documentário “História inacabada”, sobre o desaparecimento de Rubens Paiva, 2012

● Prêmio Esso pela reportagem feita com Sebastião Salgado “Paraíso Sitiado” sobre o povo indígena Awá Guajá – 2013

● Prêmio Liberdade de Imprensa — ANJ — Associação Nacional dos Jornais, 2017

● Prêmio Contribuição ao Jornalismo — ABRAJI — Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, 2019

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