(DO UOL) – O ex-policial militar do Rio de Janeiro Adriano Magalhães da Nóbrega, investigado por envolvimento nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, foi morto na manhã de hoje em um confronto com forças de segurança da Bahia. Ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais), Adriano é acusado de comandar a milícia de Rio das Pedras, zona oeste da capital fluminense e estava foragido havia mais de um ano. Adriano foi homenageado pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro com a mais alta honraria da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, a Medalha Tiradentes.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública da Bahia), Adriano estava escondido em uma propriedade na zona rural na cidade de Esplanada (a 160 km de Salvador). No momento do cumprimento do mandado de prisão, ele teria reagido com disparos de arma de fogo e foi alvejado. Segundo a polícia, Adriano portava uma pistola austríaca calibre 9mm —além dela, havia mais três armas no imóvel.
HOMENAGEM
Capitão Adriano entrou para a PM fluminense no ano de 1996. Quatro anos depois, concluiu o curso de operações especiais do Bope. Na corporação, fez amizade com Fabrício de Queiroz, que trabalhou como assessor do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), quando este foi deputado estadual. Anos depois, Queiroz indicou a mãe e a mulher de Capitão Adriano para trabalhar no gabinete do filho mais velho do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Adriano chegou a ser homenageado por Flávio Bolsonaro com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa. Era o ano de 2005, e ele estava preso sob acusação de cometer homicídio.