Iniciativa é do movimento Baque Mulher que luta pelo empoderamento feminino e no combate à violência contra as mulheres
IPATINGA – “Não há violência ou machismo qualquer que cale meu tambor, eu sou Baque Mulher”, anuncia a maior autoridade feminina de maracatu do país, mestra Joana Cavalcanti, que vem pela primeira vez a Ipatinga para ministrar oficina de maracatu no Centro Cultural Usiminas, no próximo dia 6 de fevereiro (domingo). Junto da percussionista Sandrinha Viana, Joana trará os saberes ancestrais do maracatu de baque virado diretamente do Recife (PE).
BAQUE MULHER
O Movimento de Empoderamento Feminino Baque Mulher – Feministas do Baque Virado (FBV) é uma iniciativa de empoderamento feminino sediada na cidade de Recife/PE que, por sua ampla atuação, se converteu em Movimento Social. Idealizado e fundado por mestra Joana em 2008, atuando principalmente no combate à violência contra as mulheres, as ações do Baque Mulher vêm se espalhando por todo o Brasil. Mestra Joana Cavalcante é a primeira mestra de uma nação de maracatu de baque virado – a nação do Maracatu Encanto do Pina. Além da liderança, o Maracatu Encanto do Pina compartilha com o Maracatu Baque Mulher as mesmas aspirações ideológicas: a defesa do empoderamento feminino; o acolhimento de crianças e adolescentes; a atuação comunitária; a solidariedade entre as mulheres e o combate a todas as formas de opressão.
MOVIMENTO
A partir de 2013, integrantes do Baque Mulher que residem em outras localidades passaram a compor esse coletivo, realizando atividades em suas cidades e promovendo a formação do que foi chamado grupos filiais. A filial de Ipatinga, que teve início no ano de 2018, é coordenado pela percussionista e fotógrafa Dani Dornelas. Com encontros semanais no Parque Ipanema, o movimento acolhe mulheres para aulas de ritmos dos diversos instrumentos do maracatu, como alfaia, gonguê, agbê, atabaque e caixa. “O Baque Mulher vem crescendo em adeptas no Brasil e no exterior. O Baque de Ipatinga é o pioneiro em Minas Gerais. Além do contato com o maracatu e sua estética popular, o Baque Mulher se utiliza desse universo para contribuir com a redução da violência contra mulheres, um propósito bem sucedido e que impacta positivamente as estatísticas de agressões físicas e psicológicas contra mulheres”, afirma Dani Dornelas.
A iniciativa se concretiza, por meio do projeto “Rede Comunidade – Apoio a Microprojetos”, por meio carta convite ao total de 10 coletivos artísticos do Vale do Aço, realizado pelo “Espaço Cultural Casa Laboratório” e viabilizado, por meio do Edital de Seleção de Propostas – Organizações da Sociedade Civil da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Lei Federal 14.017/2020 – Lei Aldir Blanc.
SERVIÇO
Oficina de Maracatu Mestra Joana Cavalcanti e Sandrinha Viana, no dia 6 de fevereiro (domingo), às 16h, no jardim externo do Centro Cultural Usiminas. Link para inscrições na bio @baquemulheripatinga Contato: (31) 97579.4549 – Dani Dornellas.