Policia

Menino de 13 anos morre executado no Vila Celeste

Rua Graúnas, no bairro Vila Celeste, foi palco de mais um crime envolvendo o tráfico de drogas: Renan foi executado a tiros

IPATINGA – O envolvimento com as drogas pode estar por trás de mais um homicídio registrado em Ipatinga. O menino de 13 anos, Renan Gonçalves Garcia, foi executado a tiros na rua Graúnas, no bairro Vila Celeste, por volta de 23h30 da noite da última quarta-feira (6).

Conforme a perícia da Polícia Civil, foram constatadas sete perfurações no corpo da vítima, sendo três no braço direito, uma no rosto, duas na cabeça e uma no abdômen. No local do crime, populares preferiam adotar a lei do silêncio, temendo represálias. No entanto, durante rastreamento, militares receberam denúncia anônima informando que o autor do homicídio seria um adolescente de 16 anos.

Segundo a polícia, o suspeito possui vários registros de apreensão por delitos diversos e pode estar envolvido em outros homicídios no bairro Vila Celeste. No bolso de Renan, foram encontrados dois celulares, um isqueiro R$ 63 em dinheiro.

DROGAS
A reportagem entrou em contato com a família de Renan. Apesar de estarem consternados com a morte do garoto, os parentes acreditam que o tráfico de drogas seja a principal motivação do assassinato. Segundo contou o pai do menor, o mecânico montador Édio Garcia, 48 anos, há mais de uma semana ele e a esposa haviam denunciado Renan por envolvimento com tráfico de drogas. Na ocasião, o menino foi apreendido.

Édio disse que a frequência do filho em casa era muito pequena e por várias vezes tentou alertá-lo sobre as consequências de se envolver com a criminalidade, mas não adiantou. “Ele estava envolvido com droga, fumando e, para falar a verdade, ele estava até vendendo. Comigo não tem negócio de esconder nada não”, contou o mecânico, que ainda deu uma alerta para outras crianças que estão envolvidas com as drogas. “Sai disso, porque essa vida só tem dois caminhos: ou cadeia ou cemitério”, enfatiza.

O pai ainda pediu justiça pela morte do filho e criticou a lei da menoridade. “Um menino menor mata um pai de família, mata outros menores e nada acontece com ele, porque não tem justiça para ele. O país inteiro deveria lutar para mudar essa menoridade porque está muito difícil para nós pais”, considera.

A mãe de Renan, Marília Gonçalves Garcia, a princípio não queria falar sobre a morte do filho, mas antes de a reportagem sair de sua casa resolveu se manifestar: “Eu quero deixar um recado para esse rapaz que fez isso com meu filho, que a justiça da terra não vai dar conta dele não, porque ele é menor e matou meu filho, também menor. Mas eu já o coloquei nas mãos do Senhor, e a justiça de Deus, ela tarda, mas não falha. Meu filho, uma criança de 13 anos foi levada e você não podia ter feito isso comigo”, lamenta a mãe de Renan.

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