segunda-feira, novembro 25, 2024
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Maria da Penha recebe Moção de Aplausos na CMI por luta contra violência às mulheres

Lei que leva seu nome completou 16 anos e é uma referência no Brasil

IPATINGA – A Câmara aprovou nesta segunda-feira (08/08), por unanimidade, uma Moção de Aplausos a Maria da Penha Fernandes, que por ter sido vítima de violência doméstica, inspirou a criação da Lei 11.340/06, que ficou conhecida como Lei Maria da Penha e virou símbolo de luta de todas as mulheres do Brasil por respeito, proteção e justiça. A autora da Moção é a vereadora Cecília Ferramenta.

Segundo a parlamentar a violência contra as mulheres representa uma das formas de violação de direitos humanos. “Além de contribuir para a igualdade de gênero, afetar direitos fundamentais como o direito à vida, à saúde e à integridade física. Maria da Penha é um símbolo vivo dessa violência e virou referência quando o assunto é luta contra violência a mulher”, comentou Cecília.

PERFIL

Natural do Ceará, a farmacêutica sofreu constantes agressões por parte do então marido. Suas três filhas também sofriam essa violência. Em 1983, seu ex-marido tentou matá-la com um tiro que a deixou paraplégica. Após sua recuperação hospitalar, ao voltar para casa, foi vítima mais uma vez de tentativa de assassinato, desta vez, eletrocutada.

“A lei fez 16 anos e é justo que a própria Maria da Penha receba esta Moção que reforça como sua luta por justiça foi um marco fundamental para de milhares de mulheres que passaram a ser amparadas pela legislação, até porque a defesa de seu ex-marido, alegando irregularidades no processo,  continuou em liberdade”, pontua Cecília.

LIVRO

Após escrever o livro “Sobrevivi… posso contar”, em que narra a violência sofrida por ela e suas filhas, e do apoio que obteve após a divulgação de seu livro, a vítima acionou o Centro pela Justiça e o Direito Internacional e o Comitê Latino Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM), que encaminharam o caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e da Organização dos Estados Americanos (OEA) em 1998, que, em 2002, levou o Estado brasileiro a ser  condenado por omissão e negligência pela Corte Interamericana de Direitos Humanos.

A partir daí, o Brasil assumiu o compromisso de reformular suas leis e políticas em relação a violência doméstica.

DIVISOR DE ÁGUAS “Como a lei Maria da Penha é um divisor de águas, na abordagem jurídica e no combate à violência contra a mulher, e por meio da dor de uma mulher que nunca deixou de lutar por justiça, propusemos a homenagem e estamos atentos, até porque os números de violência são alarmantes, então é preciso ser combativa e proporcionar políticas públicas de proteção às mulheres”, finalizou Cecília. 

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