Ídolo do futebol argentino sofreu parada cardiorrespiratória. No início do mês ele havia se submetido a uma cirurgia cerebral
O ídolo do futebol argentino Diego Armando Maradona morreu nesta quarta-feira, aos 60 anos. A informação foi confirmada por seu advogado. Campeão da Copa do Mundo de 1986 com a seleção do país, foi um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos.
Segundo jornal “Clárin”, Maradona teve uma parada cardiorespiratória em casa, em Tigre, na região de Buenos Aires, onde estava desde que passou por um procedimento cirúrgico na cabeça neste mesmo mês de novembro.
Maior ídolo esportivo da Argentina, ele nasceu em 30 de outubro de 1960 e cresceu no humilde bairro de Villa Fiorito, no subúrbio de Buenos Aires.
Genial e pretensioso, irreverente, autodestrutivo, heróico e bufão. Nesta quarta-feira (25), Maradona deixou o mundo mais triste, deixando um vazio na história do futebol e nos corações de argentinos e fãs que tiveram o privilégio de vê-lo brilhar.
No início do mês, ele passou por uma cirurgia cerebral. Voltou para casa e, 20 dias depois, não resistiu a uma parada cardiorrespiratória. Maradona morreu na Buenos Aires onde nasceu e dançou os tangos mais tristes. Suas maiores alegrias foram vividas bem longe dali, na Itália ou no México, onde o Diez deixou uma inesquecível marca nas Copas do Mundo.
Longe dos gramados, sempre foi uma figura polêmica. Foi pego no exame antidoping na Copa do Mundo de 1994, viveu parte da vida em meio ao vício em cocaína e passou por diversas clínicas de reabilitação. Nos últimos anos, o corpo cobrava as dívidas pela vida de excessos. Até que o tempo fez o que muitos defensores não conseguiram: o parou.
Maradona tinha apenas 17 anos quando soube que não jogaria a Copa do Mundo disputada na Argentina, em 1978. Estreara com a camisa azul e branca mais de um ano antes, em 27 de fevereiro de 1977, contra a Hungria, na Bombonera. O Pibe de Oro tinha então 16 anos e 4 meses e vestia a camisa 19.
Já era Maradona, embora somasse apenas onze jogos e dois gols pelo Argentinos Juniors, clube pelo qual começou a desfilar a sua capacidade de escolhido dos deuses do futebol, até o começo de sua história com a seleção.
Diego sempre considerou o técnico César Luis Menotti um pai. Também por isso, o técnico relutou tanto em não o incluir na lista de convocados para a Copa de 1978. “Não tinha escolha. Precisava de homens, não de um menino, como era Diego”, repete sempre que é questionado sobre as razões pelas quais Maradona ficou de fora.