Esportes

Manifestação de ex-jogadores na porta da CBF pede mudança na entidade

Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil

RIO DE JANEIRO – Os ex- jogadores de futebol Raí, Djalminha e Alex; e o técnico Paulo Autuori fizeram uma manifestação na porta da sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, para pedir modificações na estrutura da entidade, no sistema de eleições e a renúncia da atual diretoria. 
No início da manifestação, que incluiu ainda um grupo de torcedores, Raí leu um manifesto assinado por 130 personalidades de diversos setores do país, incluindo artistas, acadêmicos e jornalistas. 

COMEÇAR DO ZERO
Para o tetracampeão mundial Raí, as reivindicações são consequências do amadurecimento democrático do país para superar sistemas eleitorais viciados, como ocorrem no futebol. “Acho que tudo o que aconteceu nos últimos tempos  na CBF, na parte ética e moral, é o mínimo que a gente pode questionar. O sistema que existe aí é o que está no poder há vários anos”, disse à Agência Brasil. De acordo com o ex-jogador, o mais urgente, neste momento, é modificar o sistema que existe na CBF e partir do zero para repensar a estrutura do futebol, esporte que representa uma das expressões mais importantes da cultura do brasileiro e que está no seu dia a dia. 
Raí afastou a possibilidade de se candidatar a um cargo na entidade, mas demonstrou vontade de participar de movimentos para construir um futuro diferente do que existe atualmente.

MUDANÇAS ESTRUTURAIS

Para o ex-jogador Alex, a estrutura de eleição atual da CBF é para perpetuar quem está no poder. “Juridicamente pode até existir alguma brecha, mas são brechas bem pequenas. O ideal, não sei se isso vai acontecer, e aí é um sentimento de criancinha, é de que a coisa caminhe por um lado bom. O primeiro passo para se resolver um problema é reconhecer que este problema existe e, ao que parece, a gente não reconhece”, disse.
 Segundo Alex, se a diretoria da CBF não aceitar que existe a necessidade de modificar a estrutura da entidade, a briga será longa e talvez interminável. “Existe a situação de 14 federações se juntarem e tentar a mudança de estatuto, mas passa por uma boa vontade de quem está no comando do futebol neste momento e a consciência de que nós temos problemas estruturais”, afirmou.

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