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Mais à esquerda, Lula quer retomar andanças pelo País

(DA REDAÇÃO) – Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, horas antes de o STF (Supremo Tribunal Federal) declarar inconstitucional a prisão após condenação em segunda instância, que sairá da prisão “mais à esquerda” do que entrou. Um dos mais famosos beneficiados pela decisão da Corte, disse que fará “um grande pronunciamento à nação” assim que for libertado e planeja uma partida de futebol com membros do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) no próximo dia 21 em Guararema (SP).

O ex-presidente conversou sobre seus planos para a etapa fora da Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba, onde está desde abril de 2018, na visita que recebeu da presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), Gleisi Hoffmann; do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto e do coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues.

“Lula está com a consciência dos justos e com a certeza de que, cedo ou tarde, a justiça sempre acaba sendo feita (…) A liberdade de Lula vai dar ainda mais força ao povo e também muito mais desafios à militância”, avisou a presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que defendeu ainda a continuidade da luta pela nulidade dos processos contra o ex-presidente.

Fora da prisão, Lula deve reforçar a oposição ao presidente Jair Bolsonaro, mas não quer entrar em embates diretos para evitar a recomposição da base bolsonarista que está fragmentada. O ex-presidente também deve viajar o País reforçando as campanhas do PT nas eleições de 2020.

PRONUNCIAMENTO

A visita tripla, que ocorrera no exato momento em que o STF decidia sobre a questão da prisão em segunda instância, poderia ter deixado Lula desatento às demais pautas debatidas no momento em todo o país – novos retrocessos, entrega do patrimônio nacional (pré-sal), destruição de direitos e do meio ambiente. Quando se trata de Lula, no entanto, defender a soberania nacional será sempre a prioridade.

“Lula deixou claro que a primeira coisa que fará ao sair daqui será um grande pronunciamento à nação para pensar no futuro do país, da América Latina e na luta contra o neoliberalismo que está destruindo o país”, reiterou o coordenador nacional do MST João Paulo Rodrigues.

VIGÍLIA

O ex-presidente recebea nesta sexta-feira a visita de seu advogado Cristiano Zanin para definir a estratégia jurídica de sua soltura. A organização da vigília Lula Livre não pretende organizar um grande ato para saída do ex-presidente para resguardar sua segurança e garantir que ele possa conversar com os militantes que estão em Curitiba há quase 580 dias.

ATO NO ABC E ANDANÇAS

Segundo os militantes, o grande ato relacionado à liberdade de Lula deve ser realizado em São Bernardo do Campo (SP), na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, entidade à qual o ex-presidente é historicamente ligado. Os planos desse ato, contudo, ainda são preliminares. Lula na oposição A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que a liberdade de Lula dará à oposição “um salto de qualidade”. “Lula é a principal liderança popular do país. Queremos ele andando pelo Brasil”.

Essas andanças, segundo Gleisi, não estão completamente definidas, mas ocorrerão. Servirão, inclusive, para reforçar os pedidos da defesa do ex-presidente para que o pedido de suspeição do ex-juiz Sergio Moro seja julgada no STF visando à declaração da inocência plena de Lula. “Lula já fez muito em busca de sua inocência daqui [da prisão em Curitiba]”, afirmou Gleisi. “Vai continuar lutando pela sua inocência plena, que sempre foi sua prioridade.”

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