SÃO PAULO – A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira revela que o ex-presidente tem 52% e Bolsonaro 32% das intenções dos votos válido e poderia ganhar as eleições no 1º turno se o pleito fosse hoje. Num eventual segundo turno, Lula ganha de 55% a 35%.
A pesquisa foi feita na quarta e quinta-feira (28) com 2.556 eleitores em 183 cidades.
Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, Lula pode ter tanto 50%, necessitando um voto a mais para liquidar a fatura no primeiro turno, como pode ter mais confortáveis 54%.
Bolsonaro registra 32% dos votos válidos, mas aqui as atenções vão para os 9% auferidos por Ciro Gomes (PDT, que rejeitou qualquer possibilidade de diálogo no campo da esquerda para tentar firmar-se como opção para quem não quer o petista, nem o presidente no Planalto.
MAIS POBRES
O presidente Jair Bolsonaro teve sinais de aumento nas intenções de voto entre os eleitores mais pobres, mas continua bem atrás do ex-presidente Lula nesse grupo, segundo o Datafolha.
No último mês, as intenções de voto no atual mandatário entre os que ganham até dois salários mínimos mensais passaram de 20% para 23%, dentro da margem de erro, de 2,7 pontos percentuais. Enquanto isso, o petista oscilou negativamente, de 56% para 54%.
MAIS RICOS
Por outro lado, Bolsonaro viu cair sua vantagem sobre Lula entre os mais ricos, ainda que também dentro das margens de erro.
A distância entre os dois passou de 15 para 10 pontos percentuais no grupo com renda de cinco a 10 salários mínimos e de 12 para 8 pontos no grupo acima de dez salários mínimos. Bolsonaro ainda lidera nesses dois segmentos, com 44% e 41% dos votos, respectivamente.
Para se ter ideia, 52% do total do eleitorado brasileiro ganha até dois salários mínimos, 32% ganha de dois a cinco salários mínimos, 8% ganha de cinco a dez salários e 3% recebe acima disso, conforme o Datafolha.
AVALIAÇÃO DE GOVERNO
O governo do presidente Jair Bolsonaro é reprovado por 45% dos brasileiros, aponta o Datafolha. É o pior desempenho de um postulante à reeleição a esta altura do mandato desde que o instrumento foi criado, em 1997. Na avaliação atual, 28% acham o governo ótimo ou bom e 26% o consideram regular.