O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou ontem, em discurso na Cúpula do Clima da ONU (COP27), a ajuda financeira dos países ricos para que nações mais pobres possam cumprir as metas climáticas. Ele também defendeu a criação de uma aliança global contra a fome, lembrando que os dois temas se relacionam. “Este é um desafio que se impõe a nós brasileiros e aos demais países produtores de alimentos. Por isso, estamos propondo uma aliança mundial pela segurança alimentar, pelo fim da fome e pela redução das desigualdades, com total responsabilidade climática”, disse Lula, que discursou num salão da ONU e participa da conferência como convidado do governo egípcio, anfitrião do evento. Ele ressaltou a retomada de parcerias internacionais para desenvolvimento sustentável da Amazônia e propôs que a COP de 2025 aconteça em um dos estados da região.
A imprensa internacional comemorou o discurso de Lula, comparando-o às falas de Jair Bolsonaro (PL). O jornal francês Le Monde destacou a ideia de levar a COP para a Amazônia, enquanto o New York Times chamou a performance do presidente eleito de “exuberante”, em contrapartida ao atual, chamado de “pesadelo”.