Outros candidatos da direita, como Tarcísio ou Ratinho Jr., têm resultados melhores no embate contra o presidente
Se as eleições fossem hoje o senador Flávio Bolsonaro, anunciado como candidato de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, ficaria 15 pontos atrás do atual presidente Luís Inácio Lula da Silva em um eventual segundo turno, conforme pesquisa DataFolha. Outros pré-candidatos da direita como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Jr. (PSD-PR), marcaram 5 e 6 pontos de desvantagem, respectivamente.
O instituto ouviu 2.002 eleitores de terça (2) a quinta (4), antes, portanto, do anúncio feito por Flávio. O levantamento foi feito em 113 municípios com maiores de 16 anos. A margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou para menos.
No cenário contra Flávio em 2º turno, Lula marca 51% antes 36%; antes, ganhava de 48% a 37%. O sobrenome Bolsonaro é pesado no contexto.
O irmão do senador, o deputado Eduardo (PL-SP) passou de 37% para 35%, enquanto no embate Lula foi de 49% para 52%, dentro da margem de erro.
Já a ex-primeira dama Michelle (PL-DF), que bateu de frente com os filhos do marido preso, perde de 50% a 39% nesta aferição de cenário.
Os governadores da direita no páreo se saem melhor. Tarcísio perde na simulação para Lula por 47% a 42%; em julho, o placar era de 45% a 41%.
Já Ratinho Jr. mantém a competitividade já vista quando perdia por 45% a 40%, marcando agora 41% contra 47% do atual mandatário.
O DataFolha também testou o eventual nome do ex-presidente contra o sucessor, dado que até ter sua candidatura rejeitada pela Justiça Eleitoral, Bolsonaro pode fazer campanha, como Lula então preso e inelegível fez em 2018 até lançar seu vice, Fernando Haddad (PT).
A vantagem de Bolsonaro caiu no período, que coincidiu com sua condenação e prisão. Perdia por 47% a 43% e agora por 49% a 40%. Mas as chances de ele disputar a eleição são, no horizonte visível, nulas.




