Policia

Lúcio e Pitote serão julgados por assassinato de jornalista

Lúcio Lírio Leal é acusado de ter seguido os passos e tocaiado Rodrigo Neto; Alessandro Neves Augusto, o Pitote, foi quem puxou o gatilho para matar Rodrigo

IPATINGA – Foi proferida na última sexta-feira (14) a sentença de pronúncia dos acusados de executarem o jornalista Rodrigo Neto em março do ano passado. Isso significa que o policial civil Lúcio Lírio Leal e Alessandro Neves Augusto, o Pitote, serão levados a júri popular pelo crime.

A decisão da 2ª Vara Criminal de Ipatinga foi publicada nesta terça-feira (18) pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Lúcio e Alessandro estão sendo acusados de homicídio qualificado cometido à traição e sem dar chance de defesa à vítima.

De acordo com o processo, a dupla teria matado Rodrigo Neto a tiros quando o jornalista saía de uma barraca de churrasquinho no bairro Canaã, em Ipatinga. Segundo os autos, Pitote estaria em uma motocicleta e teria sido o autor dos disparos contra o repórter. Já Lúcio teria participado do crime vigiando os movimentos de Rodrigo e elaborando uma rota de fuga para os assassinos utilizando seu carro.

Os dois respondem ainda por tentativa de homicídio qualificado contra um amigo de Rodrigo Neto que estava com ele no dia do crime e que também foi alvejado.

Alessandro Neves também é acusado de ser o assassino do fotojornalista Walgney Carvalho, morto em abril de 2013. Caso sejam condenados pelo assassinato de Rodrigo Neto, Lúcio e Pitote poderão pegar até 30 anos de prisão.

A decisão da Justiça de Ipatinga de levar os dois réus a júri popular cabe recurso. O advogado de Alessandro, Rodrigo Márcio do Carmo, afirmou ontem que a defesa pretende recorrer da decisão em instâncias superiores.

De acordo com a publicação do TJMG, foi negado o direito dos réus de recorrerem em liberdade. Atualmente, o policial Lúcio encontra-se detido na Casa do Policial Civil, em Belo Horizonte, e Pitote na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem.

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