Sam Riley representa Sal Paradise, personagem considerado o alter ego de Kerouac
Vários bons filmes entram em cartaz no circuito nacional de cinema neste final de semana, mas a maioria deles ainda não tem previsão de estreia nas salas do Shopping do Vale. Entre as obras está o filme “Na Estrada”, que estreou ontem (13), uma adaptação do livro “On the Road”, que Jack Kerouac publicou nos anos 1950, com direção de Walter Salles. Desde o seu lançamento, há quase 60 anos, espera-se por uma versão cinematográfica de “On the Road”, lendário livro norte-americano escrito por Jack Kerouac, que, mais tarde, viria a se tornar a “Bíblia da geração beat”.
O israelense “Beaufort”, de Joseph Cedar, que também assina o roteiro, é outra adaptação do livro homônimo de Ron Leshem que virou um best-seller. Ele conta, em formato de diário, a história de Liraz Liberti, um oficial militar israelense de 21 anos, que é colocado no comando do castelo de Beaufort, localizado ao sul do Líbano. São o terror e o tédio de um pequeno grupo de soldados dentro dos muros da fortaleza de Beaufort, meses antes da retirada do Exército israelense em 2000, o mote do livro.
Igualmente inspirado na literatura é “A Delicadeza do Amor”, dirigido e roteirizado pelo próprio autor do livro David Foenkinos. Baseado em “A Delicadeza”, oitavo romance do prestigiado autor francês, narra a história de Nathalie, uma executiva que redescobre o amor três anos após a morte do marido. O livro delineia as angústias e manias dos personagens em uma narrativa permeada por humor, características que o próprio autor do livro, também roteirista e diretor, transpõe para o filme. Além da obra original, serve de inspiração para o longa a canção “O Amor em Fuga”, de Alain Souchon.
FLORES DO ORIENTE
Outra grande produção cinematográfica em cartaz é “Fausto”, de Aleksandr Sokurov. Com roteiro de Yuri Arabov, Marina Koreneva e Aleksandr Sokurov, inspirado no livro de Johann Wolfgang von Goethe. O filme narra a história do mito do homem que vende sua alma ao Diabo. As adaptações para as telonas da clássica história são inúmeras – entre elas estão o nacional “Filme Demência” (1986), de Carlos Reichenbach, e o longa em formato fantástico, “Fausto” (1994), de Jan Svankmajer.
“Flores do Oriente” de Zhang Yimou, é baseado no livro de Geling Yan. Sino-americana, a escritora Geling Yan já adaptou e já teve muitos dos seus livros roteirizados para o cinema. O romance histórico escrito por Geling, “The 13 Women of Nanjing” (As 13 mulheres de Nanquim) conta o episódio do chamado Massacre de Nanquim, cometido pelo Exército imperial japonês na então capital da República da China, que ocorreu no final da década de 1930.
VIOLETA PARRA
O francês “A Guerra dos Botões” já teve outras quatro versões para o cinema; longa é adaptação do livro de 1912 de Louis Pergaud. A direção e roteiro são de Yann Samuell
“Headhunters”, de Morten Tyldum, com roteiro de Lars Gudmestad e Ulf Ryberg, é baseado na obra de Jo Nesbo. Aclamado internacionalmente por seus romances policiais sobre o inspetor Harry Hole, “Headhunters” é o primeiro thriller escrito pelo norueguês Jo Nesbo fora do universo de Hole. O filme conta a história de um caçador de talentos encantador, que furta objetos de arte para bancar sua vida de luxo.
As Neves de Kilimanjaro, de Robert Guédiguian, é inspirado em Victor Hugo. O título pode enganar, já que leva o mesmo de uma curta história escrita por Ernest Hemingway. Apesar disso, foi no poema “Les Pauvres Gens” (As Pessoas Pobres), de Victor Hugo, que o diretor Robert Guédiguian se inspirou para compor o roteiro do filme, especialmente o final.
Violeta Foi para o Céu, de Andrés Wood, com roteiro de Eliseo Altunaga, conta a vida da folclorista chilena Violeta Parra a partir de um roteiro baseado no livro de memórias do filho da artista, Ángel Parra, também cantor e compositor, lançado em 2006. Ángel também participou da concepção do filme com o diretor Andrés Wood, que durou três anos.
“Beaufort” conta, em formato de diário, a história do oficial Liraz Liberti, colocado no comando do castelo de Beaufort
