Cidades

Keisson faz balanço de dívidas para vereadores

O prefeito Keisson Drumond e o vice Renato Martins falaram para os vereadores sobre as dificuldades financeiras e anunciaram a necessidade de reestruturação tributária          (Foto: Nadieli Sathler)

TIMÓTEO – As informações de que a Prefeitura de Timóteo passa por sérios problemas financeiros em função das dívidas deixadas pelo ex-prefeito Sérgio Mendes (PSB) foram confirmadas pelo prefeito eleito Keisson Drumond (PT) durante apresentação de um balanço feito na Câmara Municipal na tarde de ontem (11).

Na presença de vereadores, o chefe do Executivo enumerou os vários contratos em atraso e pendências que o poder público possui. O volume estimado inicialmente em quase R$ 200 milhões foi confirmado preliminarmente em R$ 171 milhões, montante já averiguado pelos secretários da atual administração.

A reunião teve a presença do vice, Renato Martins (PMDB), e foi aberta ao público. Desse montante, os maiores débitos são com a Consita, empresa concessionária da limpeza pública e com a folha de pagamento dos servidores do mês de dezembro. Para a Consita, a Prefeitura de Timóteo deve R$ 5,2 milhões. Já com os servidores, a dívida atinge cerca de R$ 7 milhões.

“A cada dia novos débitos chegam ao meu conhecimento. Ontem mesmo, durante a visita do secretário estadual, fomos cientificados que o município deve R$ 100 mil ao Consaúde, outros R$ 360 mil a Climag, R$ 30 mil a Unimed e outros fornecedores. Só hoje acrescentamos mais de R$ 500 mil ao bolo”, comentou.
Entre as medidas para reequilibrar as finanças públicas, Keisson destacou a necessidade de atualização fundiária do município, uma vez que o valor cobrado por IPTU estaria defasado.

RECEITAS
A intenção também é aumentar a arrecadação do ICMS no comércio local, com o incremento de políticas que elevem o coeficiente do VAF ao qual o município pode lançar mão.
“Poucos são os comércios que emitem cupom fiscal. Isso é ruim para o município, por isso precisamos de uma reestruturação tributária e administrativa, com um controle do órgão fiscalizador, no cadastro de receitas do município. Para se ter uma ideia, o município não tem unidade fiscal. Antes era UFIR, só que hoje isso não existe mais. A nossa praça cidadã recolhe 5 vezes menos que Coronel Fabriciano”, comentou.

O prefeito salientou que investimento em meio ambiente, turismo e esporte e lazer garantiriam a Prefeitura de Timóteo uma maior fatia na divisão dos impostos estaduais calculados.
Nas receitas próprias, Keisson comentou que as taxas e tarifas do município não são regulamentadas há mais de 20 anos, o que fez com que as receitas próprias ficassem de lado em relação aos repasses e convênios com União e estado.

SERVIDORES
O prefeito agendou para a próxima segunda-feira o anúncio da data de acerto dos salários de dezembro dos servidores municipais. Keisson esteve presente na assembleia do Sindicato dos Servidores Públicos, na última quinta-feira (10), quando deu explicações dos motivos que levaram ao atraso dos pagamentos. Um dos maiores entraves foi o bloqueio das contas da Prefeitura. Segundo Keisson, a situação está sendo negociada com os bancos e deve ser solucionada até a próxima semana.

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