IPATINGA – Reestruturar a malha rodoviária do Vale do Aço e, consequentemente, atrair empresas que gerem emprego e renda. Candidato ao governo de Minas pelo PSD, Alexandre Kalil está empenhado em, junto com o governo federal, assegurar recursos para que as estradas da região passem a ter condições de trafegabilidade. Isso permitirá a instalação de novas plantas, que vão encontrar facilidade no escoamento da produção.
Essa foi a mensagem passada pelo ex-prefeito de Belo Horizonte a apoiadores que o receberam em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo. Sobre o que está projetando para esse território tão importante economicamente para o Estado, Kalil foi enfático: “A reestruturação das vias do Vale do Aço. Essa região está parada, adormecida e quase morta há 20 anos. Então, nós temos que simplesmente colocar de volta o que era o Vale do Aço há 10, 15, 20 anos atrás”.
VIDAS
Kalil não se preocupa apenas com a parte econômica, mas, sobretudo, com vidas. Principal ligação da capital com o Vale do Aço e Vale do Rio Doce (Leste de Minas), a caminho do Espírito Santo, a BR-381 é conhecida como Rodovia da Morte. Com a inércia do atual governador em firmar parceria com o governo federal, a duplicação da rodovia se arrastou nos últimos anos.
“Nós estamos rodando na Rodovia da Morte. O Vale do Aço significa muito, nós temos que dar uma repaginada no que representa o Vale do Aço hoje para Minas Gerais. Nós temos que voltar ao Vale do Aço do trabalhador, da mão de obra qualificada. Mas o que a gente vê? Essa falta de estrutura maluca, promessa de mundos e fundos, e aqui vai perdendo importância, porque ninguém quer viajar 200 quilômetros em cinco horas e meia”, criticou o candidato do PSD, se referindo ao precário trecho da BR-381 entre BH e o Vale do Aço.
APOIO DE LULA
O apoio de Lula, candidato do PT à presidência da República, será fundamental. “Não vai ter essa falta de olhar humano. É por isso que nós estamos nessa caminhada com o presidente Lula, porque eu disse ao presidente: o senhor me tirou da cadeira de prefeito de Belo Horizonte, que eu tinha mais três anos de mandato. Agora eu não vou sentar na cadeira de governador de Minas para fazer promessas e passar como mais um mentiroso que passou pelo governo de Minas. Ele me disse que eu podia sair da cadeira, porque nós vamos fazer um grande governo para Minas e pelo Brasil”.
FOCO NA SAÚDE
Além da infraestrutura, Alexandre Kalil destacou que trata a saúde como tema principal do seu plano de governo. “Estão faltando, hoje, 41 itens na Farmácia de Minas. Isso é inadmissível. Como prefeito da minha cidade, nunca deixei faltar remédio. Se faltar remédio, faltar médico, faltar hospital, faltar CTI, faltar atendimento, a cidade está morta. Então, infraestrutura e saúde são os dois focos da minha campanha”, disse.
EXPERIÊNCIA
Como prefeito de Belo Horizonte, Kalil entregou à população um posto de saúde completamente estruturado a cada dois meses. Também foi ao governo federal e conseguiu ajuda para abrir o Hospital Metropolitano Doutor Célio de Castro, na região do Barreiro, com 450 leitos e 80 UTIs. No fim de 2017, o hospital passou a funcionar em sua capacidade total.
Romeu Zema tomou posse como governador em janeiro de 2019. No entanto, tem passado a falsa informação na propaganda eleitoral de que foi o responsável pela abertura do Hospital do Barreiro. “É impressionante o nível de cinismo da campanha eleitoral em Minas Gerais. Quando foi inaugurado o Hospital do Barreiro, ele não era governador de Minas, o Zema estava lá em Araxá, lavando louça ou descascando manga, como ele gosta de falar tanto”, contextualiza Kalil.
PROPAGANDA
O candidato do PSD ressalta que o repasse de R$ 64 milhões do Estado ao hospital, como informado pelo atual governador, é um preceito constitucional, uma vez que o custeio é tripartite (União, Estado e Município). “Aí ele faz uma propaganda do repasse que ele tem que repassar, como ele tem que repassar para o hospital de Timóteo, de Ipatinga, onde tiver hospital, senão vai preso. O Hospital do Barreiro custa 2 bilhões de reais em quatro anos. Metade é do governo federal, ou seja, 1 bilhão. A outra metade é dividida 500 milhões para a prefeitura e 500 milhões para o estado. Então, se ele passou 60 milhões para o Hospital do Barreiro, só deve 440 milhões de reais”, explica Kalil.
IMPACTOS DA PANDEMIA
Em entrevista em Timóteo, Kalil, cuja gestão no combate à pandemia em Belo Horizonte foi reconhecida internacionalmente, ouviu um testemunho impactante, de um mineiro que perdeu a mãe para a Covid-19 e chegou a ser entubado. “Eu fechei uma empresa, e eu fecharia 17 empresas em troca de não ter que ter fechado o caixão da minha mãe”, disse o radialista Jefferson Rocha, da Rádio 97 FM.
O ex-prefeito da capital destacou que as medidas de isolamento social adotadas na cidade foram baseadas na ciência. “Eu tinha que proteger o meu povo e é isso que eu quero fazer em Minas Gerais. Então, veja bem, será que a população de Belo Horizonte achou ruim a minha atitude? Eu vou te responder com número. No meio da pandemia, houve uma eleição para prefeito. Era minha reeleição. Com tudo fechado, eu obtive a maior votação da história da minha cidade (mais de 63% dos votos). A maior votação da história de Belo Horizonte em primeiro turno, com a cidade fechada”.
Kalil agradeceu o povo do Vale do Aço. “Deixo um recado para todos: Vão na internet, vão ver quem está falando a verdade, Minas não está no trilho, Minas está liquidado, Minas deve muito mais do que já deveu quatro anos atrás. O estado piorou, a infraestrutura piorou, nossa vida de mineiro piorou, nós estamos mais pobres e vamos empobrecer mais ainda, porque é o governo dos bilionários para os bilionários”.