Advogada tentou oferecer R$10 mil a policiais para conseguir libertar cliente suspeito de tráfico de drogas
IPATINGA – A advogada C.L.L., 34 anos, acusada de subornar policiais militares, será ouvida em audiência no Fórum da Comarca de Ipatinga no dia 4 de abril. A sessão será presidida pelo juiz Antônio Augusto Calaes. O Ministério Público Estadual ajuizou um pedido de quebra de sigilo de dados telefônico, distribuído no dia 25 de novembro do ano passado e anexado ao processo de tráfico de drogas.
A advogada é acusada de corrupção ativa e associação ao tráfico de drogas depois ter sido presa e autuada em flagrante ao tentar oferecer R$ 10 mil a uma equipe de policiais militares para que o seu cliente, suspeito de tráfico de drogas, fosse libertado.
ENTENDA O CASO
No dia 10 de novembro de 2011, uma equipe do 14º Batalhão de Polícia Militar comandada pelo Tenente Flávio apreendeu um adolescente com 500 gramas de maconha na avenida José Júlio da Costa, no bairro Iguaçu.
Na ocasião, o menor combinou a entrega de mais 1 quilo da droga com seu fornecedor, perto da estação. Os policiais montaram campana no local e conseguiram prender o traficante, que chegou em um Celta prata. O carona conseguiu sair do carro e fugir em um táxi, mas o motorista desconfiou da situação e parou o veículo ao lado de uma viatura. O suspeito foi preso.
No Celta foram apreendidos dois tabletes de maconha, pesando 1 quilo, cerca de R$ 1 mil em dinheiro, dois dólares americanos e uma CNH. Antes de ser levado para a delegacia, o primeiro suspeito ofereceu R$ 10 mil aos policiais para ser liberado. Como a proposta foi recusada, ele pediu que os militares ligassem para sua advogada e pedissem que ela acompanhasse a ocorrência.
SUBORNO
Segundo a PM, no caminho para a delegacia, a viatura passou por um Toyota Corola, onde estava a advogada. A mulher saiu do veículo, entregou a quantia a um dos policiais e perguntou se o dinheiro “resolveria o caso”. A mulher foi presa em flagrante e encaminhada para o Centro de Remanejamento de presos. Hoje, ela aguarda julgamento cumprindo prisão domiciliar.
