IPATINGA – Uma jovem de 18 anos foi presa na última quinta-feira (7), após furtar roupas no Centro da cidade. Ela se passou por uma policial, e sem perceber que estava sendo filmada, a acusada colocou as roupas dentro da bolsa. As funcionárias contaram à polícia que a acusada disse que precisava entrar com a bolsa dentro do provador, pois estava armada. Ao sair do vestiário, a jovem despistou ao dizer que não sabia onde estavam as roupas que havia acabado de experimentar.
Desconfiadas, as funcionárias pediram para revistar a bolsa, onde foram encontradas várias peças de roupas. Antes de sair, a mulher saiu da loja dizendo que mais tarde estaria trabalhado na viatura do Tático Móvel da PM e que outra policial desceria do carro para pegar uma roupa.
Esta não teria sido a primeira loja que a mulher furtou. Em outro estabelecimento ela se passou por policial civil. Em rastreamento pelo Centro da cidade, ela foi vista na avenida 28 de abril, na esquina com a rua Juiz de Fora, onde foi abordada.
Na bolsa da mulher foram encontradas duas blusas, ainda com etiqueta, de uma das lojas em que ela esteve anteriormente, além de várias bijuterias. A jovem disse que as notas fiscais estavam no carro do padrasto, e que ela seguia em direção ao veículo para buscar o dinheiro para comprar as roupas que teria deixado separado.
Ela relatou ter comprado as peças em uma loja na rua São João Del Rei. O proprietário da loja disse que realmente a suspeita esteve na loja, separou algumas peças, mas não tinha comprado nada, e que ainda tinha pedido para vestir a farda no provador da loja.
Ao ser detida, a mulher disse que não estava com a identidade militar e nem com a arma. Ela só informou que trabalhava em Belo Horizonte, no 12º BPM. Durante verificação no sistema foi constatado que ela não pertence ao quadro de militares da PM.
DEPRESSÃO
A jovem foi ouvida na delegacia e depois liberada. Familiares informaram que a jovem sofre de depressão e há anos usa remédios controlados em decorrência do assassinato do pai, e garantem que na ocasião dos furtos ela não estaria sob efeito de um surto. A acusada é filha do ex-candidato a prefeito Amantino de Oliveira (PSOL). Ele foi morto aos 40 anos em dezembro de 2008.
