Policia

Jovem morre com tiro de espingarda

Rosimeire disse que irmão (no detalhe) já havia ameaçado tirar a própria vida; momentos antes do crime, ele disparava a arma na laje

 

IPATINGA – A Polícia Civil tem uma estranha morte para desvendar. Gelson Junio de Souza, 21 anos, morreu com um tiro de uma espingarda na noite do último sábado (2), na rua Dezenove, no bairro Esperança. A princípio, a Polícia Militar registrou o caso como homicídio, sendo conduzido como principal suspeito o ex-cunhado da vítima, de 22 anos.
O acusado foi ouvido na delegacia e em seguida liberado, alegando que não tinha nada a ver com o fato ocorrido. Em sua versão, ele disse que já estava deitado quando Gelson chegou nervoso da casa dos pais. “Aí ele jogou uma cômoda no chão, pegou a espingarda que estava atrás e saiu. Tinha uma vasilha com pólvora, escondi e fui deitar. Passaram uns dois minutos e escutei o tiro. Aí eu encostei nele para ver se ele estava vivo e mandei chamar o Samu. Mas ele já estava morto”, contou o acusado, inicialmente.
A versão contada por ele é confirmada pelos parentes da vítima. A irmã de Gelson, Rosimeire Alves de Souza, 23 anos, disse que momentos antes da morte o irmão e o ex-cunhado estavam efetuando disparos na laje da casa, situação que deixou o pai de Gelson nervoso. “Ele ficou com raiva porque meu pai pediu para ele parar de dar tiro e o mandou embora de casa se ele continuasse desobedecendo à ordem. E subiu falando que ia dar um fim na vida dele. Minha mãe foi atrás dele, e quando chegou lá, ele já estava preparando a espingarda”, relata a irmã de Gelson, acrescentando que o acusado falou a verdade para a polícia. “Ele (o acusado) está falando a verdade sim. Ou meu irmão tirou a própria vida ou então o tiro foi acidental. Mas há muito tempo ele falava que ia se matar”, disse a irmã.

OCORRÊNCIA
Segundo consta no Boletim de Ocorrência, o corpo de Gelson apresentava duas perfurações: uma no joelho e outra no do lado esquerdo do peito. Consta no relato que duas testemunhas informaram que ouviram apenas um disparo e que pouco antes do ocorrido, acusado e a vítima Gelson estavam efetuando disparos em via pública. A versão dada pelo suspeito à Polícia Civil é a mesma que consta no Boletim de Ocorrência: a de que Gelson estaria nervoso e que teria pegado a espingarda e saído. Momentos depois ouviu-se um tiro.
Perito técnico da Polícia Civil, Isaque compareceu e informou que, pelas características dos disparos, não há como precisar se teria sido o mesmo calibre que atingiu a vítima nas duas perfurações. Ainda de acordo com o perito – que analisou previamente a cena crime – pelo ângulo, distância e altura dos disparos, seria pouco provável que a vítima tenha se suicidado ou de que a própria arma tivesse disparado acidentalmente.

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