Deputada teria enviado uma mensagem em um grupo de Whatsapp de parlamentares do partido, mas a maioria não aderiu o seu pedido
BRASÍLIA – A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pediu, em um grupo de Whatsapp de parlamentares do Partido Liberal (PL), apoio durante a entrevista coletiva que concedeu na quarta-feira (2), mas a maioria não aderiu.
Zambelli foi alvo de uma operação da Polícia Federal que teve como objetivo apurar invasões no sistema informatizado do Poder Judiciário. Segundo as investigações, assessores da deputada fizeram pagamentos para o hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti Neto, para que ele tentasse fraudar as urnas eletrônicas e invadisse as contas do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em coletiva, com alguns parlamentares ao seu redor, ela afirmou que não fraudaria as eleições para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencesse o pleito.
No mesmo dia da operação, o relator do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, deputado João Leão (PP-BA), aceitou a denúncia contra Zambelli – os casos não são relacionados.
A denúncia, feita pelo deputado Duarte Júnior (PSB-MA), se refere a uma reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado no último mês de abril. Na ocasião, a comissão recebia o ministro da Justiça, Flávio Dino, e Zambelli teria proferido xingamentos contra o deputado do PSB.
A partir desses episódios e quando Zambelli perseguiu um jovem negro com uma pistola empunhada, a deputada foi perdendo representatividade dentro da Câmara dos Deputados.