Casos da doença no município, nos três primeiros meses de 2020, se elevaram em quase 80% na comparação com o mesmo período do ano passado
IPATINGA – Os números da dengue na cidade preocupam, experimentando elevação como em todo o país. O quadro já era previsível, com a alternância de chuvas e períodos de sol nos primeiros meses do ano, e a população deve estar ainda mais atenta nos domicílios, onde historicamente se concentra a maior parte dos focos. Em janeiro, fevereiro e março, foram 378 notificações da doença no município. No mesmo período, em 2019, os casos registrados totalizaram 212, o que significa um crescimento de quase 80%.
CUIDADOS
A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde do município, Mara Fernanda Andrade, alerta para a necessidade de uma intensificação ainda maior das ações de eliminação dos focos do Aedes aegypti em todas as esferas. “São ações que além de envolver a Administração municipal também precisam do apoio da população, principalmente neste momento de coronavírus, onde grande parte das pessoas permanece em casa. É essencial fazer do combate ao mosquito uma rotina de toda a sociedade em qualquer época do ano, embora o verão seja a estação mais propícia para a proliferação do vetor. São medidas simples a serem adotadas, porém, eficientes, como manter bem tampados tonéis, caixas e barris de água; trocar água dos vasos de planta uma vez por semana; manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo, acondicionar pneus em locais cobertos”, orienta.
ACE’S
Diante dos números de dengue em elevação no município, além da contribuição da comunidade no combate ao mosquito o trabalho dos Agentes de Combate a Endemias (ACE’s) se faz ainda mais necessário. Contudo, atendendo nota técnica do Ministério da Saúde publicada em 13 de março, a Secretaria Municipal de Saúde adotou medidas e cuidados que buscam reduzir o risco de transmissão da COVID-19 entre os profissionais envolvidos na atividade.
O Agente que apresentar qualquer sintoma respiratório anormal deve permanecer em isolamento, cumprindo as recomendações do Ministério da Saúde. Conforme a normativa federal, somente aqueles ACE’s que estão aptos são colocados para atender a comunidade.
VISITAÇÃO
Seguindo as orientações da nota informativa do Ministério da Saúde, neste momento os Agentes de Combate a Endemias não fazem visitas dentro dos domicílios.
A visitação está limitada apenas à área externa (frente, lados e fundos de quintal ou terreno). Em todas as situações em que haja necessidade de tratamento de criadouros, o agente é instruído a utilizar os equipamentos de proteção individual, além de manter o distanciamento mínimo de dois metros entre as pessoas presentes no momento da visita.