Solução emergencial ajuda a suprir demanda de unidades de saúde locais em meio à escassez de matéria-prima
IPATINGA – Diante da escassez e do alto custo da matéria-prima necessária para a manipulação do soro para reidratação oral, a Prefeitura de Ipatinga tomou uma iniciativa inovadora. Através da Farmácia Verde, instalada no Viveiro Municipal, os profissionais da área farmacêutica estão produzindo o próprio soro como uma medida paliativa, garantindo o abastecimento das unidades de reidratação locais.
O aumento significativo dos casos de dengue em todo o Brasil tem impactado diretamente o fornecimento de matéria-prima para a produção do soro de reidratação oral. Em Ipatinga, a situação não é diferente, e a escassez de insumos necessários para a fabricação do produto tem sido um desafio para a Secretaria de Saúde.
ABASTECIMENTO
De acordo com o secretário de Saúde de Ipatinga, Leonardo Seixas, o objetivo é garantir o atendimento adequado aos pacientes nas cinco unidades e na tenda de reidratação. Assim, a secretaria optou pela fabricação do próprio soro na Farmácia Verde.
“Essa alternativa foi adotada para evitar que essas unidades fiquem desabastecidas, oferecendo um tratamento paliativo até que o fornecimento regular de matéria-prima seja restabelecido”, explica.
A preparação do soro para reidratação oral está sendo realizada pelos farmacêuticos que atuam na Farmácia Verde, que possuem conhecimento técnico e capacidade para a manipulação do produto. Vale ressaltar que o soro produzido internamente é destinado exclusivamente às unidades de hidratação do município, sendo utilizado como medida emergencial enquanto a escassez persiste.
CUSTO ELEVADO
A escassez e o custo elevado da matéria-prima têm dificultado até mesmo a aquisição do soro pronto para uso no mercado. O município de Ipatinga já enfrentou duas situações de compra deserta, nas quais nenhuma empresa compareceu para participar do processo de aquisição.