Com 558,42 m² de área construída, unidade denominada NATEA contará com 22 salas de diversas especialidades para atendimento do público-alvo
IPATINGA – Com o objetivo de promover acesso à saúde de qualidade para a população, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, o prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes, assinou simbolicamente, na manhã desta sexta-feira (18), a ordem de serviço para implantação do centro de referência especializado no atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A unidade será uma referência em Minas Gerais, com total atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde), e vai funcionar na rua Vitória, 85, Jardim Panorama (antiga UBS).
O Núcleo de Atenção ao Transtorno do Espectro Autista – NATEA é uma reivindicação antiga de pais e familiares de pessoas que possuem o TEA. No local, que conta com 558 m² de área construída, serão investidos recursos de mais de R$ 1 milhão. Com 22 salas, na unidade os usuários receberão atendimento de uma equipe multiprofissional, integrada por psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, médico, nutricionista e terapeutas ocupacionais, entre outros.
O NATEA é destinado ao atendimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista – TEA na faixa etária de um a 12 anos, sendo priorizadas as crianças até seis anos (embora os demais também possam ser acolhidos).
O prefeito Gustavo Nunes destaca que a implantação do Núcleo é uma parceria com o Ministério Público e contribui sobremaneira para maior precisão no diagnóstico precoce do autismo, seguindo-se o tratamento com acompanhamento adequado.
“A criação deste centro de referência reforça nosso comprometimento com o bem-estar de todas as nossas crianças. O nosso propósito é possibilitar um atendimento responsável e acolhedor, dando sempre todo o suporte necessário para elas e suas famílias”, ressaltou o chefe do Executivo.
De acordo com secretário de Saúde, Cléber de Faria, os profissionais que atuarão no Núcleo trabalharão com o método de terapia ABA — Applied Behavior Analysis ou Análise do Comportamento Aplicada —, que é a intervenção que mais tem se mostrado efetiva no tratamento de pacientes com TEA (Transtorno do Espectro Autista).
“A ABA é uma ciência da aprendizagem que quando utilizada como embasamento para o atendimento de pessoas com transtornos do desenvolvimento, como, por exemplo, o Transtorno do Espectro Autista (TEA), foca em promover o ensino de novas habilidades e reduzir comportamentos desafiadores”, explica o secretário.
DESAFIO
A advogada Mariana Duda de Oliveira conta que passou por três profissionais até chegar ao diagnóstico de que o seu filho, de apenas um ano e três meses, possui TEA. “Como ele era muito pequenininho, eles pedem que a gente espere um pouco mais, porque cada criança tem seu tempo. Quando recebi o diagnóstico do autismo do meu filho, foi um alívio e desespero ao mesmo tempo. Alívio por saber qual caminho seguir, mas desespero por não saber por onde começar. E tendo agora um centro de referência especializado em crianças com autismo, acredito que nós, pais, seremos acolhidos e teremos as informações necessárias para lidarmos melhor com a situação”, avaliou.