Mais de 1.800 casos da doença já foram notificados no município. Chuva e calor são combinações que favorecem ambiente de proliferação do vetor
IPATINGA – O verão traz para a região do Vale do Aço um período de muito calor, chuvas e umidade que, combinados, tornam-se o ambiente perfeito para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Causador de doenças graves como Dengue, Chikungunya e Zika, a Prefeitura de Ipatinga chama a atenção da população para a guerra contra o mosquito, principalmente diante da circulação do sorotipo II da Dengue, o mais agressivo dos quatro vírus existentes.
INTENSIFICAÇÃO
Na sexta-feira (30), o prefeito Nardyello Rocha, acompanhado dos Agentes de Combate de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), anunciou a intensificação de ações dentro da Semana de Combate às Arboviroses e acompanhou o trabalho dos profissionais do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que realizaram na galeria que fica na entrada do bairro Bom Jardim a aplicação de fumacê com o objetivo de eliminar os mosquitos na fase adulta.
A iniciativa é promovida no mesmo período em que a Prefeitura lança a nova campanha contra o vetor no município, intitulada “A liga dos super-heróis no combate ao Aedes”.
Já a ação “Os Super-Agentes no território escolar” permitiu que os alunos do educandário Márcio Andrade Guerra, no bairro Veneza II, ajudassem os profissionais da Saúde a realizar uma vistoria nas repartições da escola, buscando possíveis focos do mosquito.
“Com essa prática” – destacou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (DEVS), Mara Fernanda –, “nós queremos reforçar nos estudantes a atitude de também fazerem isto dentro das suas próprias casas”.
NOTIFICAÇÕES
Segundo dados do DEVS de Ipatinga, até o último dia 27, já haviam sido notificados 3.900 casos de Chikungunya na cidade, além de 1.804 casos de Dengue e 92 de Zika. O pedido constantemente enfatizado pelo chefe do Executivo é para que a população ajude o poder público a manter limpa a cidade, além de eliminar dentro de casa os focos de água parada.
“Quando assumimos Ipatinga, todos os bairros tinham problemas com lixo e entulho acumulados em áreas verdes ou nas calçadas e ruas da cidade. Desde janeiro deste ano, recolhemos mais de 70 mil toneladas de entulhos, o que representa nada menos que 14 mil caminhões de lixo. A população precisa assumir o compromisso de ajudar a Prefeitura a manter limpo o município. Só o poder público fazendo não adianta. O cuidado, o zelo, o amor pela cidade tem que ser de todos”, enfatizou o prefeito Nardyello Rocha, lembrando que neste mês a PMI já iniciou o trabalho de aplicação de multas aos munícipes que ainda realizam o descarte ilegal de material inservível em locais inapropriados na cidade.
ENTULHO E LIXO
Depois de retirar 12 toneladas de entulho e lixo doméstico na estrada das Lavadeiras, a equipe de fiscalização de Limpeza Urbana da Prefeitura de Ipatinga realizou a notificação de um morador do bairro Cidade Nobre por fazer o descarte irregular de lixo na localidade. Por meio de informações contidas no descarte, os fiscais identificaram o morador. A partir de agora ele terá um prazo de cinco dias corridos para apresentar sua defesa. Em caso do não comparecimento, uma multa será gerada, conforme legislação municipal.
Ainda nesta sexta-feira, outro morador de Ipatinga, do bairro Bethânia, também foi notificado pelos fiscais da Limpeza Urbana por ter realizado o descarte irregular de resto de poda de árvore em canaleta fluvial.
Alerta para Dengue tipo II
Durante reunião do Comitê Municipal de Arboviroses, um alerta foi emitido à população. Embora a maioria dos casos de Dengue na região ainda seja causada pelo tipo I da doença, cresce em muitas regiões do Estado de Minas Gerais a circulação do sorotipo II, o mais agressivo dos quatro vírus existentes.
Além de ser considerado por especialistas o mais virulento dos quatro sorotipos da Dengue, o tipo II ainda está relacionado a outro risco. Como parte da população brasileira já foi infectada pelo tipo I, a ocorrência de uma segunda infecção por outro sorotipo aumenta o risco de desenvolvimento de uma das formas graves da doença, que podem levar à morte, como a febre hemorrágica.
“Daí a necessidade de prevenção e da população continuar ajudando a Prefeitura a eliminar água parada e possíveis criadouros do mosquito dentro das suas residências”, enfatizou Mara Fernanda.
