Cultura

Integrante do Hibridus se apresenta na Bélgica

O espetáculo é desenhado com muitas músicas e improviso, marca registrada da produtora Santinhas do Pau Oco (Crédito: Divulgação)

IPATINGA – Rosângela Sulidade que contribuiu para a fundação do grupo Hibridus Dança foi convidada a participar do projeto que envolveu artistas de Teresina, Kyoto, São Paulo, Ipatinga e Amsterdã que resultou na criação do espetáculo, dirigido pelo piauiense Marcelo Evelin, “De repente fica tudo preto de gente”. O espetáculo estreou em novembro de 2012, no Rio de Janeiro, dentro da programação do Festival Panorama Dança.
O projeto teve início em setembro de 2012, quando os artistas participaram de processos de criação em Teresina. Na segunda etapa, o grupo viajou para Kyoto, Japão, para finalizar o processo de criação. O trabalho conjunto resultou no espetáculo que leva o nome do projeto “De repente fica tudo preto de gente”. Em seguida, aconteceu uma turnê em Teresina.
Agora, em 2013, o espetáculo viaja para a Bélgica, onde se apresentará no Kunsten Festival dês Arts, em Bruxelas de 19 a 25 de maio.
Rosângela trabalha com dança desde 98, e já participou de montagens como “Ossos Secos”, “Travessia”, “Entre” e acaba de estrear, um solo no evento 1,2 na dança realizado no último dia 25 no Centro Cultural Usiminas. Foi bolsista do FID – Fórum Internacional de Dança, no programa Território Minas em 2005 e integra o Grupo Hibridus Dança que conta com o patrocínio da Usiminas através da Lei Estadual de Incentivo a Cultura e foi contemplado na 5ª Edição do prêmio Cena Minas. – Prêmio Artes Cênicas de Minas Gerais.

O TRABALHO
Partindo do livro de Elias Canetti, “Massa e Poder” (1960), que descreve a massa como fenômeno enigmático e universal, o espetáculo investiga a massa como o pressuposto do comum numa multidão de singularidades. Uma massa que quer crescer e encontra na descarga um modo temporário de indistinção, através de um corpo-a-corpo sem violência e sem trégua.
O espectador divide um espaço instável e sem lugar fixo com os intérpretes, uma massa que se constitui por micro anarquias e solidões, e que tem como meta o ponto mais Negro, o pretume, lá onde se está tão próximo do outro quanto de si mesmo.
O programa do Kunsten Festival des Arts de Bruxelas diz assim sobre o “preto de gente”: Mergulhando na escuridão da matéria primordial para nos olhar no branco dos olhos, Marcelo Evelin mete em corpo e em questão a relação entre eu e nós, a identidade e a alteridade, a adesão e a exclusão. Pertubardor.”

 

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