Policia

Incêndio em depósito de borracha dura 12 horas

(Foto: André Almeida)

 

CARATINGA – Um depósito de borrachas pegou fogo na noite da última segunda-feira (10) no residencial Porto Seguro, em Caratinga. As chamas se alastraram e atingiram uma casa vizinha ao estabelecimento. O Corpo de Bombeiros gastou cerca de 12 horas para apagar o fogo.

O incêndio teve início por volta das 20h e foi percebido pelos moradores das imediações, que acionaram o Corpo de Bombeiros. De acordo com sargento Leonardo Cangussu, quando os militares foram avisados do incêndio, foram informados de que se trataria de uma ocorrência em um lote vago. No entanto, quando chegaram ao local viram que era um depósito de borrachas.

“Chegamos com poucos militares e somente um caminhão, mas vimos que o incêndio era de grande proporções e que havia casas ao redor do local. Acionamos mais homens e até mesmo a brigada de incêndio da Usiminas”, explicou Cangussu.

O sargento informou ainda que dentro do lote havia muito mato e borracha com óleo. “Este é um material que, quando entra em contato com o fogo, torna-se bastante combustível, o que dificulta o trabalho de conter as chamas”, pontuou. Os bombeiros utilizaram cerca de 230 mil litros de água para conter o incêndio, o que ocorreu somente na manhã desta terça-feira (11).

VIZINHOS
Ao lado do depósito de borracha, vive a família do estudante Talles Camilo Ávila. O rapaz contou que sua mãe chegou em casa por volta das 19h30 e percebeu o fogo na calçada próxima à residência. Talles contou que as chamas se alastraram rapidamente e atingiram o telhado do imóvel onde mora.

“Em poucos minutos o fogo chegou a uma altura de dois postes de luz. O muro da minha casa faz divisa com esse depósito e as chamas chegaram a atingir meu terraço. Minha mãe ficou desesperada e ligou para os bombeiros. Ela e os vizinhos começaram a jogar baldes de água para conter as chamas”, lembrou.

Na casa da família de Talles, as chamas chegaram a atingir o padrão de energia. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) esteve no local e técnicos realizaram o desligamento do fornecimento de energia nas proximidades. Os bombeiros também tiveram que conter com mais agilidade as chamas que estavam perto da casa, para evitar a queda do muro.

Ricardo Ferreira Pinto também é vizinho do depósito de borrachas e contou que sentiu o cheiro de queimado e viu o início das chamas da sacada do seu apartamento. A princípio, ele disse que não se preocupou porque é comum a prática de queimadas em seu bairro, devido ao grande número de lotes vagos existentes.

“Infelizmente nesse residencial ainda existem vários lotes vagos, e os proprietários preferem tacar fogo do que pagar alguém para capinar. Passados poucos minutos, eu percebi que a fumaça estava ficando preta e vi também que as chamas estavam muito altas. Desci para rua e a mãe do Talles estava desesperada procurando ajuda”, relatou.

AJUDA
O proprietário do depósito, o empresário Amarildo Bastos, esteve no local do acidente e acompanhou todo o trabalho do Corpo de Bombeiros para conter as chamas, mas não quis conversar com a imprensa e nem mesmo falar sobre o prejuízo. Segundo o sargento Cangussu, o dono do depósito contratou um caminhão pipa particular para ajudar no combate ao incêndio e também uma retroescavadeira para auxiliar na retirada do mato e da borracha que restaram. Ele também teria se comprometido a prestar assistência à família atingida pelas chamas.

A Polícia Militar esteve no local e fez o registro da ocorrência, mas não soube informas as causas do incêndio. A Polícia Civil deverá investigar o caso e apurar se há responsabilidade do depósito de borrachas no acidente. Ainda conforme o Corpo de Bombeiros, ninguém se feriu.

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