O anúncio dos recursos para área da saúde foram feitos na Agência Metropolitana, por Thales Rezende
IPATINGA – O Hospital São Camilo de Coronel Fabriciano vai receber investimento do governo estadual da ordem de R$ 4 milhões para ampliar o número de leitos de pacientes do SUS. Atualmente, o município possui 62 leitos e após as obras passará a contar com mais de 130.
O anúncio da injeção de recursos na unidade hospitalar foi feito pelo diretor da Agência Metropolitana do Vale do Aço, Thales Rezende, na tarde de quinta (7), juntamente com o diretor da Superintendência Regional de Saude, Anchieta Poggiali, a secretaria executiva do Consaúde, Eloiza Dalla Vecchia, a diretora do Hospital São Camilo Érica Dias, além dos responsáveis pelo projeto e execução da obra.
“Temos a satisfação de anunciar esse investimento como parte do conjunto de ações integradas que a Agência está capitaneando para o Vale do Aço. São projetos que vão impactar não apenas a população de Coronel Fabriciano, mas sim de toda a região”, ressaltou.
VERTICALIZAÇÃO
A previsão é de que as obras sejam concluídas em seis meses. Serão feitos dois pavimentos, contendo cada andar 36 leitos de enfermaria. Cada quarto deve comportar até cinco pacientes. Haverá ainda alas para isolamento.
A responsável técnica pelo projeto é a arquiteta Lígia Araújo. Ela destacou que foram respeitadas as normas de acessibilidade para os novos leitos do Hospital São Camilo, incluindo elevadores para facilitar o transporte de pacientes acamados.
A opção por verticalizar a estrutura da unidade hospitalar foi feita em função da falta de espaço na área do antigo Hospital Siderúrgica. “O ideal seria manter a estrutura plana, mas não temos área da expansão”, justificou.
Dos atuais leitos existentes no Hospital São Camilo, 45 são destinados para as internações e outros 17 para pacientes em observação. Apesar da ampliação na capacidade de atendimento, não serão feitas mudanças na estrutura de especialidades médicas.
A unidade hospitalar de Coronel Fabriciano continua sendo referência microrregional para clínica médica e cirúrgica e o Hospital Vital Brazil referência para obstetrícia e ortopedia.
MÃO-DE-OBRA
As obras de ampliação no Hospital vão envolver quase 160 trabalhadores. O engenheiro responsável pela execução do projeto, Felipe Mazzoco, destacou que edificação vai ser feita em estrutura metálica.
Ele ainda informou que as intervenções na unidade não vão prejudicar o andamento das atividades clínicas, haja vista que todo material vai chegar pronto, evitando assim a produção de ruído ou mesmo poeira.
“Planejamos uma obra limpa, tendo em vista que se trata de uma unidade hospitalar. A intenção é causar o menor incômodo possível, por isso a estrutura metálica será içada até o local de construção para evitar transtornos”, explicou.
O engenheiro lembrou que, ao final, a estrutura não vai emitir calor nem para dentro e nem para os prédios vizinhos ao Hospital. O sistema de abastecimento de água terá uma estrutura de aquecimento próprio, sem necessidade de gastar energia.
CONTRATAÇÃO
Érica Dias, diretora do Hospital São Camilo, ponderou que ao final das obras de ampliação o quadro de funcionários da unidade vai aumentar dos atuais 170 para aproximadamente 350.
“Temos uma estrutura hoje que atende a 62 pacientes. Após as obras, a expectativa é manter o mesmo nível de profissional proporcional aos 130 leitos. Vamos quase triplicar o efetivo dentro do hospital”, citou.
R$ 3 MILHÕES
Ainda durante a entrevista, Thales Rezende mencionou a destinação de R$ 3 milhões, pela Secretaria Estadual de Saúde, para o município de Ipatinga. A intenção da Agência Metropolitana é fazer com que essa verba extra-orçamentária seja repassada ao Hospital Márcio Cunha para custear despesas com pacientes do SUS.
Estado repassa R$ 500 mil para unidades de hidratação da região
Ipatinga – A Secretaria de Estado de Saúde (SES) liberou na quarta-feira (6) o repasse de R$ 500 mil para o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião do Vale do Aço (Consáude). O montante é referente à 2ª parcela dos recursos disponibilizados para o enfrentamento do surto de dengue na região.
As unidades de hidratação de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo foram montadas e equipadas pelo governo estadual em parceria com os municípios para atender pacientes com suspeita da doença.
O atendimento clínico tem sido acompanhado de hemogramas para identificar os casos mais graves da doença. O Estado também disponibilizou o teste rápido de dengue para facilitar o diagnóstico.
Ao todo, as três unidades de referência foram responsáveis pelo atendimento e diagnóstico de 14.953 usuários do SUS em 51 dias de funcionamento. Em Ipatinga, foram 6.963 pacientes, Coronel Fabriciano 4.187 e Timóteo 3.803, com uma média diária 130 pacientes (Ipatinga), 100 (Fabriciano) e 80 (Timóteo).
A demanda tem sido acolhida por uma equipe de 44 médicos, 38 enfermeiros e 42 técnicos de enfermagem. “Estamos empenhando todo o nosso esforço para fazer a gestão administrativa dos profissionais contratados para atender nas unidades. Temos o maior zelo pelo dinheiro público que nos foi confiado. Vamos prestar conta de cada centavo aplicado pelo Consaúde” garantiu o presidente do consórcio, Antonio Carlos de Alvarenga.
Sobrecarga
Os procedimentos têm sido custeados com verba do governo estadual. Se não houvesse investimentos no enfrentamento da dengue, a situação epidemiológica da região poderia estar pior, haja vista que o sistema hospitalar está sobrecarregado, dificultando o atendimento ambulatorial.
Para Eloiza Dalla Vecchia, secretária executiva do Consaúde, o trabalho nas unidades de hidratação tem dado resultado satisfatório. Com quase 15 mil atendimentos o fluxo criado pelo governo estadual tem evitado mais mortes na região. “Quando abrimos as unidades de hidratação o objetivo era enfrentar o surto de dengue que prevíamos para região. Isso tem se concretizado pela via administrativa e assistencial. O trabalho idealizado se mostrou eficiente,”, conclui.
