Adelino confessou ter mandado matar a mulher;Joana foi degolada na frente do filho
IPATINGA – A Polícia Civil de Ipatinga deverá concluir na próxima semana o inquérito que apura o assassinato de Joana Aparecida Santos, 50 anos. É que na tarde de ontem (19), investigadores da PC prenderam Adelino Lane dos Santos, marido da vítima e acusado de ser o mandante do crime. Um menor suspeito de participação no homicídio teve o pedido de internação decretado pela Justiça. Desde a semana passada, outro adolescente também acusado de envolvimento já se encontra recolhido em um Centro de Medidas Socioeducativas do Estado. A informação foi repassada no final da tarde de ontem pela Delegada de Homicídios, Irene Angélica Franco.
Joana foi morta na frente do filho de 14 anos em um suposto latrocínio (roubo seguido de morte), dentro da própria casa, na rua Serra Azul, no bairro Jardim Panorama. O assassinato aconteceu no início do mês. Além do adolescente e da mãe, a filha de 10 anos também estava na casa. Após invadirem a residência, os indivíduos armados aterrorizaram os dois menores e depois subiram para o segundo pavimento da casa, onde amarraram as mãos de Joana, que ainda foi agredida com socos.
Após pegarem o dinheiro que estava no colchão, um dos infratores retornou e desferiu uma facada no pescoço da vítima. Depois de matarem a mulher, os supostos assaltantes pegaram as chaves da motocicleta (placa HCF-9594) e fugiram. Toda a cena foi presenciada pelo filho mais velho, que contou detalhes de como tudo ocorreu.
FAMILIARES
Testemunhos de familiares da vítima ajudaram na investigação da polícia. Desde o início os parentes desconfiavam de Adelino, já que o casamento com Joana era conturbado. Ainda conforme os parentes, o homem já havia atentado contra a vida da mulher, quando a jogou de um barco na Lagoa Silvana.
No dia do crime, quando foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos, o homem negou qualquer participação. Ele ainda arranjou um álibi, alegando que na noite do homicídio estava em companhia de sua amante. O acusado relatou que a esposa tinha um seguro de vida, do qual ele era beneficiário, mas não soube informar qual o valor. Depois de ser ouvido, o principal suspeito foi liberado porque a polícia não encontrou indícios que o incriminassem.
Horas depois Adelino foi novamente preso, quando acabou confessando toda a trama. No depoimento, o acusado contou que contratou os dois menores por R$ 10 mil para que forjassem um latrocínio e que teria entregado uma cópia da chave do portão para terem acesso à casa. Adelino, embora tenha confessado ser o mandante, não foi preso, porque não se enquadrava no flagrante. Mas a delegada de homicídios, Irene Angélica, solicitou à Justiça o mandado de prisão, que foi concedido ontem. Adelino já se encontra recolhido no Centro de Remanejamento de Presos.
