(Foto: Gizelle Ferreira)
IPATINGA – Por motivos ainda não esclarecidos um homem de 47 anos morreu assassinado na manhã desta sexta-feira (30), no bairro Bethânia. O corpo de José Geraldo Faustino foi encontrado na porta da casa onde morava, na escadaria Jubac, na rua Salta. A perícia técnica da Polícia Civil constatou quatro perfurações no tórax da vítima, liberando em seguida o corpo para o Instituto Médico Legal de Ipatinga (IML).
Embora a motivação do crime ainda seja mistério para a polícia, alguns suspeitos já foram identificados. Porém, a PM preferiu não revelar para não atrapalhar as linhas de investigação. O tenente Welligton da 152ª Cia, que trabalhou na ocorrência, disse que no local pessoas relataram que José Geraldo era um homem conhecido por todos e que aparentemente não possuía nenhum problema com ninguém. “Pelas informações de familiares e vizinhos, era uma pessoa trabalhadora e que na noite anterior tinha chegado do trabalho”, relata.
Para a polícia, José Geraldo foi assassinado na madrugada e o corpo somente foi encontrado na manhã de ontem.
DO BEM
José Geraldo era aposentado, mas, conforme relata os familiares, era um homem trabalhador. A ex-esposa da vítima conversou com a reportagem do DIÁRIO POPULAR ontem à tarde. Vanete Aparecida Rodrigues Faustino, 42 anos, era vizinha da vítima, e embora os dois não vivessem mais juntos, mantinha com ele uma relação amigável, o que fazia com que ela soubesse praticamente tudo de sua vida.
A mulher contou que na noite anterior o ex-marido saiu para trabalhar normalmente como faz toda vez que acontece a feira no bairro e, neste dia, a filha de 16 anos, grávida, teria pedido ao pai para lhe trazer um cacho de bananas. Porém, só foi acordada pelos vizinhos dando a notícia que ele estava caído na porta de casa. “Quando o vi achei que ele tinha passado mal, porque ele sofria de epilepsia. Aí quando fui ver direito, ele estava era cheio de tiro”, afirma.
Vanete reforçou os elogios à vítima e disse não entender o motivo de tamanha crueldade. “A gente se separou há uns quatro anos, mas, vivíamos muito bem, como amigos”, relata.
TRÁFICO
Uma informação que pode ter alguma implicação no homicídio é o envolvimento com drogas de um filho adolescente de José Geraldo e Vanete. Mas, questionada se o crime poderia ter ocorrido por vingança ou cobrança de uma possível dívida de droga do menor, a mulher não soube responder. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Crimes contra a Vida.
