A iniciativa, conquistada por meio de recurso do Governo Federal, garantiu a reabilitação de pacientes atendidos pelo SUS na unidade
Foto: O projeto assistiu até o momento 12 pacientes na Unidade de Oncologia do HMC l e possibilita a reabilitação da fala
IPATINGA – Na semana que é celebrado o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, dia 27 de julho, a Fundação São Francisco Xavier (FSFX), mantenedora do Hospital Márcio Cunha (HMC) destaca o resultado de um investimento de R$ 400 mil reais destinados ao Projeto de Reabilitação Fonatória, iniciado em 2022, que promove a reabilitação da fala de pacientes que perderam a voz, vítimas de câncer de laringe.
EMENDA PARLAMENTAR
Com o objetivo de oferecer excelência no atendimento assistencial à população, a iniciativa no HMC, só foi possível por meio de um recurso, via emenda parlamentar, destinada pelo deputado federal, Patrus Ananias. Para a gerente de Relações Institucionais e Captação de Recursos da FSFX, Vanessa Moura Vieira, avançar na captação de recursos excepcionais para a Instituição é uma ponte fundamental para desenvolver projetos capazes de melhorar a assistência ao paciente com o objetivo de ofertar a ele mais qualidade de vida.
“O incentivo financeiro conquistado é fruto de um trabalho constante da Fundação na captação de recursos públicos, na busca por incrementar a oferta de serviços realizados para o público SUS, a partir de um atendimento cada vez mais completo e humanizado”, declara Vanessa.
BENEFICIADOS
O projeto assistiu até o momento, 12 pacientes na Unidade de Oncologia do HMC l e possibilita a reabilitação da fala por meio de um dispositivo móvel, laringe eletrônica, que não necessita de intervenção cirúrgica e possibilita a recuperação da fala. O equipamento é movido a bateria recarregável e quando posicionado externamente próximo à garganta do paciente reproduz uma voz robótica.
Para o cirurgião de cabeça e pescoço da FSFX, um dos médicos responsáveis pelas cirurgias, Clineu Gaspar, a reabilitação garante ao paciente oncológico uma atenção integral ao tratamento.
“Devolver a capacidade de falar a essas pessoas é um processo de inclusão muito importante para estabelecer sua comunicação com o mundo. É uma forma de proporcionar mais qualidade de vida”, celebra o cirurgião.
JULHO VERDE
Com o objetivo de conscientizar os brasileiros sobre a importância do diagnóstico precoce e a eficácia no tratamento contra o câncer de cabeça e pescoço, a Associação de Câncer de Boca e Garganta – ACBG Brasil criou a campanha Julho Verde.
O número de casos de câncer de cabeça e pescoço é o 5º tipo de tumor mais comum entre os homens no Brasil, somando cerca de 10 mil mortes por ano, em decorrência da doença. O levantamento feito pela Federação Internacional de Sociedades de Oncologia de Cabeça e Pescoço aponta que, o diagnóstico da doença, que acomete também as mulheres, ocorre de forma tardia em 60% dos casos. São classificados como câncer de cabeça e pescoço, os tumores que se localizam em regiões como tireóide, laringe, faringe, esôfago, boca, língua, entre outras denominações. Para os especialistas, adotar hábitos de vida saudáveis, manter a higiene bucal e fazer o acompanhamento médico periódico são medidas preventivas importantes para evitar a doença.
Principais fatores de risco do câncer de cabeça e pescoço:
Para o câncer de cavidade oral (boca)
• Tabagismo
• Consumo excessivo de álcool
• Exposição ao sol sem uso de protetor labial
• Infecção por HPV (Papolomavírus Humano)
Principais sintomas
• Aparecimento de nódulo no pescoço
• Manchas brancas ou avermelhadas na boca
• Ferida que não cicatriza em duas semanas
• Dor de garganta que não melhora em 15 dias
• Dificuldade ou dor para engolir
• Alterações na voz ou rouquidão por mais de 15 dias
*Esses sinais também são causados por outras condições clínicas. Portanto, é importante conversar com seu médico.