quarta-feira, maio 7, 2025
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HMC divulga orientações de prevenção à Síndrome Respiratória

Médico pediatra aborda os cuidados essenciais para enfrentar o aumento dos casos em Minas Gerais

IPATINGA – Minas Gerais vive um momento crítico de saúde pública devido ao crescente número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Até o final de abril deste ano, foram registradas mais de 26.800 internações e 397 mortes e as autoridades de saúde do estado decretaram situação de emergência.

O pediatra e oncologista pediátrico, Dr. Lucas Teiichi, coordenador da pediatria do Hospital Márcio Cunha (HMC) explica o que é a SRAG e orienta sobre as medidas preventivas essenciais para enfrentar esse surto.

“A Síndrome Respiratória Aguda Grave é uma complicação grave das infecções virais, que, no contexto pediátrico, é frequentemente causada por vírus como o Respiratório Sincicial (VSR), influenza A e B, além da COVID-19. É caracterizada por dificuldades respiratórias e queda nos níveis de oxigênio, podendo evoluir rapidamente para complicações fatais, especialmente em crianças e idosos”, detalha.

DOENÇAS PREEXISTENTES

De acordo com o pediatra, as crianças com condições preexistentes, como doenças respiratórias crônicas, asma ou imunossupressão, apresentam maior risco de evolução para a SRAG. “Essas crianças têm maior risco de evoluir com suas infecções virais para síndrome respiratória e aguda grave. Com isso, aumenta-se a procura pelos serviços de urgência em pediatria e a lotação dos serviços de terapia intensiva pediátrica “, explica.

CUIDADOS PREVENTIVOS

Dr. Lucas alerta para a importância de cuidados preventivos, especialmente entre as crianças, grupo que está mais vulnerável à SRAG. “Primeira coisa é reforçar os cuidados de higienização, a lavagem correta e frequente das mãos e orientá-las que evitem levar as mãos e objetos da boca. Além disso, é importante que, caso as crianças apresentem sintomas gripais, não as levar para creche ou escola até a sua completa resolução. O cuidado deve ser redobrado com as crianças que apresentam condições de maior risco, como as imunossuprimidas, as asmáticas e aquelas que têm outras condições respiratórias previamente conhecidas, evitando o contato com pessoas com sintomas gripais”, destaca.

VACINAS EM DIA

O pediatra do Hospital Márcio Cunha reforça, ainda, a necessidade de manter o calendário vacinal em dia, incluindo a vacina contra a gripe. “Manter as vacinas em dia é uma das formas mais eficazes de prevenir infecções respiratórias graves”, afirma o especialista.

Quando procurar ajuda médica

O médico explica é importante observar os sinais para saber quando é necessário procurar ajuda. “Os sinais de alerta para evolução para um quadro grave incluem febre alta, sonolência intensa, dificuldade para respirar, chiado no peito, sensação de falta de ar, dificuldade para amamentar ou pele arroxeada. Nestes casos, é fundamental procurar imediatamente um centro de urgência pediátrica”, alerta.

Para as crianças com sintomas leves, como febre baixa, congestão nasal ou tosse, o ideal é mantê-las em casa, com repouso e hidratação adequada. “Evitar idas desnecessárias aos serviços de urgência é essencial, pois essas unidades estão sobrecarregadas, e eleva o risco de maior exposição a outras doenças”, alerta Dr. Lucas.

Dr. Lucas explica que, atualmente, não existem medicamentos específicos para infecções virais. “É fundamental que as crianças sejam mantidas bem hidratadas e descansando para que o organismo tenha forças para combater o vírus”, ressalta.

CAPACIDADE MÁXIMA

No último sábado, o Hospital Márcio Cunha (HMC), divulgou através de suas redes sociais que a unidade está operando com sua capacidade máxima e tem se empenhado em fornecer atendimento de qualidade tanto para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto de convênios. O HMC informou que está mobilizando todos os seus recursos para enfrentar este surto e garantir assistência adequada à população.

O hospital destaca que, apesar do aumento de casos e da sobrecarga nos serviços, está comprometido com a segurança e a qualidade no atendimento. Em sua nota oficial, o HMC pediu compreensão e colaboração da comunidade para superar este momento difícil.

ESFORÇO CONJUNTO

A prevenção à SRAG requer o esforço conjunto da sociedade. Além das orientações médicas, é fundamental que cada cidadão contribua para a redução da propagação do vírus, respeitando as medidas de higiene, a vacinação e evitando o contato com pessoas doentes, especialmente aquelas em grupos de risco. “O importante neste momento é garantir uma boa hidratação e repouso para aquelas crianças com sintomas leves. Para aquelas que apresentam condições clínicas alteradas, é recomendada a procura imediata por um serviço de urgência em pediatria mais próximo. Com a colaboração de todos, iremos superar, mais uma vez, esse momento da saúde em nosso estado”, pontua Dr. Lucas Teiichi.

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