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HMC alerta sobre doenças causadas pelo Aedes aegypti no Vale do Aço

IPATINGA – Com a chegada do verão, a preocupação com doenças como a Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela aumenta. O clima abafado e úmido aumenta a incidência de larvas do Aedes aegypti nas áreas onde a estação das chuvas coincide com altas temperaturas, como acontece no Vale do Aço. Assim, com condições meteorológicas que influenciam diretamente no processo de proliferação do mosquito, a Fundação São Francisco Xavier (FSFX) alerta a comunidade para que aumentem as ações de prevenção no dia a dia. De acordo com a divulgação mais recente do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), Minas Gerais é o estado com mais municípios em alerta com risco de Dengue.

NOTIFICAÇÕES

Em 2017, o Hospital Márcio Cunha (HMC) notificou em Ipatinga mais de 750 casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Frente à epidemia do vírus da Dengue no país, e também do Zika, febre Chikungunya e Febre Amarela, o alerta da instituição para a população é combater o inseto, evitando os focos de água parada para sua reprodução. Outra recomendação importante, principalmente para as mulheres grávidas, é o uso diário de repelentes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de acordo com as orientações dos fabricantes.

ATENÇÃO AOS SINAIS
É importante estar atento a alguns sintomas que podem indicar as doenças. Os principais são febre, dores de cabeça, dores atrás dos olhos, no corpo e nas articulações, além de um desânimo acentuado que compromete o estado geral do infectado. Na dengue, além desses, a partir do terceiro ou quarto dia, ocorre o surgimento de manchas avermelhadas na pele e alterações na sensibilidade do paladar.
Já com a Febre Chikungunya, a intensidade dos efeitos é diferente. Dores nas articulações e no punho são frequentes e mais fortes, podendo atingir as mãos, joelhos e tornozelos, por até vários meses. O Zika vírus desenvolve uma dor de cabeça discreta, conjuntivite e dores articulares. Além disso, nos primeiros dias surgem as lesões cutâneas causando vermelhidão e coceira intensa pelo corpo, o que ocorre geralmente em metade dos casos das outras duas doenças.
Segundo o médico infectologista do Hospital Márcio Cunha, Aloísio Benvindo de Paula, com exceção da problemática da microcefalia, o Zika vírus é aparentemente o mais brando entre os três. O diagnóstico é primariamente clínico, sendo fundamental a percepção do paciente para identificação da doença. “É preciso contar ao médico o que está se sentindo e desde quando iniciou esses sintomas. Com isso, é possível identificar se há algum fenômeno hemorrágico (sangue pelo nariz ou pela gengiva ao escovar o dente), ou se existe alguma mancha na pele, para exames laboratoriais específicos”, conta o médico.

PERDA DE SANGUE

Caso o profissional suspeite de Zika, Chikungunya e, principalmente, Dengue, é feita a prova do laço, um procedimento com o aparelho de pressão para verificar se o paciente possui alteração na coagulação sanguínea. Se der positivo, é necessário realizar diariamente, até o sétimo dia após a identificação, a contagem de plaquetas e o hemograma completo. Só assim, é possível verificar se a pessoa não está perdendo sangue diariamente.

COMO É O TRATAMENTO

Baseado na ingestão de líquidos em maior quantidade e medicação feita por analgésicos, o tratamento dessas doenças é apenas sintomático. Ou seja, ele alivia os sintomas, mas não age diretamente na causa. Para o bem-estar do paciente, não se deve utilizar anti-inflamatórios durante o período, pois esse tipo de medicamento pode causar efeitos colaterais, como sangramento e gastrite.
Para as grávidas, o procedimento é o mesmo, porém existe uma orientação do Ministério da Saúde a respeito da microcefalia. “É válido ressaltar que apenas uma margem pequena das gestantes que têm a virose irá desenvolver a microcefalia. Ou seja, não é toda gestante que pegar Zika que terá filho com esta característica ”, afirma Aloísio Benvindo.

FEBRE AMARELA

No início de 2017, Minas Gerais enfrentou um surto de Febre Amarela. Neste período, o leste mineiro concentrou o maior número de casos da doença. Um ano depois, estados como São Paulo, Rio de Janeiro entre outros, enfrentam um novo surto. Neste caso, a vacina é o meio de prevenção mais eficaz. Se você nunca se vacinou contra a doença ou não possui o cartão deve receber a primeira dose. Procure o posto de saúde mais próximo da sua casa para tomar a vacina.
Outra forma de prevenção é combater o transmissor. A Febre Amarela é transmitida por mosquitos em áreas urbanas e silvestres. Nas áreas florestais, o transmissor é o Haemagogus ou o Sabethes. Já no meio urbano, nas cidades, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue.

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