sábado, novembro 23, 2024
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História da prisão de Lula ganha versão em HQ

SÃO PAULO – O Partido dos Trabalhadores lançou uma versão em história em quadreinhos para os leitores e eleitores que se interesarem em “entender melhor toda a farsa da Lava Jato e o lawfare usado contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por Moro no caso do Triplex do Guarujá mas não aguenta mais ler textão”. A revista em quadrinhos “Lula – da perseguição à esperança renovada” é uma adaptação do livro Memorial da Verdade, do jornalista Ricardo Amaral.

A HQ remonta a história a partir dos principais acontecimentos políticos desde os protestos de 2013 até os dias atuais tendo como pano de fundo a vida de dois trabalhadores afetados pela crise do pós-golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. O quadrinho relembra o início da farsa da operação Lava Jato, o golpe contra Dilma, o comportamento criminoso do juiz Sergio Moro, a prisão de Lula e sua saída pela porta da frente da carceragem da Polícia Federal, após passar 580 dias preso, e as 24 vitórias de Lula na justiça.

O HQ teve direção criativa da Equipe Comunicação PT Nacional; edição de Vitor Teixeira e Rôney Rodrigues; roteiro de Rôney Rodrigues; pesquisa e checagem de dados de Carolina Rieger e arte final de Vitor Teixeira. A capa é de Vitor Teixeira e Bira Evaristo.

BRASIL DO GOLPE

O ano era 2014 e a descoberta do pré-sal trazia grandes esperanças econômicas e sociais para o Brasil. É nesse contexto que aparecem os vilões da trama: Moro e Dallagnol, em acordo com agentes da CIA que interferiam em governos progressistas ao redor do mundo buscando sua desestabilização. Começa então a perseguição judicial da república de Curitiba contra Lula, com o apoio da grande imprensa. Em 2016, Lula é levado a Curitiba para depor coercitivamente e em 2017 ele e Moro ficam a cara a cara em um capítulo nomeado de “Brasil Golpeado” nos quadrinhos.

Em 2018, mesmo sem provas, Moro decide condenar Lula por “atos indeterminados” no processo do Tríplex do Guarujá. O ex-presidente segue para a sede do Sindicato dos Metalúrgicos, no ABC paulista, em São Bernardo do Campo, onde uma multidão já o aguardava. Mesmo contra o desejo dos militantes e de alguns membros do próprio partido, Lula decide se entregar e provar a todos que é inocente.

BRASIL EM RECONSTRUÇÃO

Trava-se a partir daí uma dura batalha judicial, com repercussões internacionais, para provar as ilegalidades cometidas contra Lula durante todo o processo da Lava Jato. Enquanto esteve preso, em Curitiba, a militância se organizou no acampamento Lula Livre, em que permaneceu, por mais de 500 dias dando bom dia ao presidente e impedindo que ele se sentisse sozinho naquela luta. Ele recebeu uma série de visitas e cartas de lideranças, chefes de Estado e celebridades mundiais.

Foi aí que a Vaza Jato veio à tona e o Brasil todo conheceu o teor das conversas entre Moro e os integrantes do Ministério Públicos, dentre eles Deltan Dallagnol, responsáveis por conduzir o processo contra Lula. A suspeição do juiz não tinha mais como não ser questionada. O STF revogou a prisão em segunda instância e em 8 de novembro de 2019, Lula finalmente deixa a carceragem da Polícia Federal.

Em março de 2021, o STF declarou Moro incompetente para julgar Lula. Mais do que isso, em junho o Supremo julgou Moro suspeito. Agora, já são 24 processos ganhos na justiça. Ou seja, Lula é inocente 24 vezes, e seus algozes foram parar na lata de lixo da história. O momento é de esperança na reconstrução de um país que foi profundamente afetado por todos esses golpes. Na sanha de prejudicar Lula, essa farsa acabou com todas as conquistas sociais e econômicas alcançadas nos governos petistas. Mas o Brasil volta a sonhar.

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